O
ESTADÃO desta terça-feira destaca o “o mandato maldito” que governadores
eleitos em 2014 assumiram seus estados no pior momento financeiro que o Brasil
já passou. Destaca também que o problema que o Rio Grande do Norte vem passando
pelo aumento substancial da folha de pagamento por causa dos planos de cargos e
salários, outros estados estão entrando e que o rombo na previdência estadual
devido a quantidade de aposentados e o envelhecimento do servidores precisa ser
resolvido imediatamente. Segue Em
um período de três anos, os Estados saíram de um resultado positivo de R$ 16
bilhões em suas contas para um déficit de R$ 60 bilhões no fim de 2017. Isso
significa que os governadores assumiram seus postos, em 2015, com o caixa no
azul e, se não tomarem medidas drásticas até o fim deste ano, vão entregar um
rombo bilionário para seus sucessores.
Do
lado das receitas, além da crise reduzir a arrecadação com impostos, o corte de
repasses do governo federal acentuou a dificuldade dos Estados. “Até 2014, o
governo dava empréstimos que mascaravam a situação”, afirma a economista Ana
Carla Abrão Costa, que foi secretária da Fazenda de Goiás até 2016. Se,
nos últimos anos, o desajuste fiscal já obrigou a maioria dos Estados a reduzir
investimentos, neste ano, o corte deve ser ainda maior. Isso porque, como é
último ano de mandato, os governadores não podem deixar restos a pagar para os
que assumirem em 2019. Tarefa que, para Velloso, é impossível. “Não tem a menor
condição de eles zerarem esses déficits.” Já
Rolim diz que os governadores poderão recorrer a manobras, como o cancelamento
de restos a pagar. “É uma espécie de calote. Despesas com obras não concluídas,
por exemplo, não tem problema, mas fornecedores poderão ficar sem receber.” Para
Ana Carla, as contas vão acabar fechando porque o ano é de eleição. “Como não
podem deixar restos a pagar, os Estados vão buscar recursos extraordinários
como nunca”, afirma.
O
superintendente do Tesouro de Goiás, Oldair da Fonseca, afirmou que o governo
trabalha com austeridade para não deixar restos a pagar para 2019. Ele destacou
que o déficit de 2017 ficará em R$ 900 bilhões – em 2015, havia sido o dobro. O
secretário das Finanças do Rio Grande do Norte, Gustavo Nogueira, afirmou que a
raiz do problema é o déficit previdenciário. O governo de Pernambuco disse que
não considera como despesa total as despesa empenhadas (autorizadas), como foi
feito no levantamento, e que fechou o ano com receita para cobrir seus gastos.
O de Sergipe não retornou. O
governo do Rio afirmou que sua situação foi muito prejudicada pela crise, já
que sua economia é dependente da indústria do petróleo. O de Minas Gerais
informou que já recebeu o Estado em situação delicada e que a folha de pagamento
tem deteriorado as contas ainda mais.
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