
Quase
dois meses depois que a polícia encontrou um corpo enterrado em uma casa no
bairro da Redinha –
zona Oeste de Natal, é que se chegou a um laudo conclusivo: trata-se do corpo
da jovem Iasmim Lorena, de
12 anos. Desde as primeiras horas dessa terça-feira (19), Ingrid Araújo, mãe da menina, estava
no Instituto Técnico e Científico de Perícia (Itep-RN) aguardando a liberação.

Por
coincidência do destino, hoje é o aniversário de Ingrid, dia em que também vai
sepultar sua filha mais velha, assassinada brutalmente. De acordo com o diretor
do Itep, Marcos Brandão, a
liberação será feita ainda nesta manhã e o corpo será encaminhado para o
cemitério da Redinha, bairro onde a criança morava.
Laudo – Segundo
Marcos Brandão, houve dificuldade na identificação da vítima por causa do
estado em que o corpo foi encontrado, já em decomposição. Na primeira tentativa
de exame de DNA foram usados tecidos da pele, mas o estudo não foi conclusivo.
Na última tentativa, o perito do Itep, que fez o exame em parceria com um
laboratório do Ceará, usou uma cartilagem do arco costal.
O crime
Iasmin
foi vista com vida pela última vez por volta das 13h do dia 28 de março. De
acordo com a família, a menina saiu de casa, na Rua José Acácio de Macedo, na
comunidade da África, na Redinha, para entregar um dinheiro a uma vizinha a
pedido da mãe. A mulher que receberia o dinheiro mora em uma rua próxima, e
disse que a menina sequer chegou ao destino. A família então procurou a polícia
e fez uma queixa do desaparecimento dela. Desde então, começaram as buscas por
Iasmim.
O
corpo de Iasmin foi encontrado por cães farejadores do canil do Batalhão de
Choque da Polícia Militar na tarde da terça-feira 24 de abril, quase um mês
depois do desaparecimento. Ele estava enterrado dentro de uma casa inacabada no
bairro da Redinha, na Zona Norte da cidade. A rua é a José Acácio de Macedo, a
mesma onde a menina morava. Vizinho da família de
Iasmin, o pedreiro Marcondes Gomes
da Silva, de 45 anos, que trabalhava no imóvel onde o corpo foi
encontrado, confessou o crime. Suspeito do desaparecimento da menina, ele foi
preso no dia 26 de abril, dois dias após o corpo ser encontrado, em uma praia
do município de Touros, no Litoral Norte potiguar. Durante o frio relato no
vídeo acima – de quase 7 minutos, o homem afirmou que agiu sozinho e que o crime
aconteceu porque a adolescente não quis ter relações com ele.
O assassino confesso era
vizinho da menina, que o conhecia desde muito pequena. No dia 28 de março,
quando saiu de casa para entregar dinheiro que a mãe devia a uma amiga, Iasmin entrou na obra em que o
pedreiro trabalhava para conversar. “Falamos
sobre Medicina”, disse o homem em vídeo mostrado pela Polícia
Civil. A adolescente sonhava em
ser médica. “Perguntei se ela queria
namorar comigo. Ela disse que não. Então usei um cabo de aço de bicicleta e
matei ela”, disse sem mostrar nenhum remorso. No depoimento à Polícia
Civil, ele negou que tenha estuprado a vítima. O pedreiro também falou que
após ter cometido o crime, abriu uma cova e enterrou a menina no imóvel.
Fonte: portalN10
Fonte: portalN10
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