
O novo governo terá 22
ministérios, sete a mais do que o prometido inicialmente pelo presidente eleito
Jair Bolsonaro: 16 pastas ficarão na Esplanada, quatro no Palácio do Planalto e
outros dois serão transitórios. A Advocacia-Geral da União (AGU) e o Banco
Central (BC) devem perder o status nos próximos meses, após mudanças
legislativas. Atualmente, o governo Michel Temer tem 29 pastas.
Ao fundir ministérios, a intenção anunciada pelo presidente eleito foi reduzir
custos. Em alguns casos, porém,a unificação deve significar perda de
protagonismo. Na pré-campanha, Bolsonaro disse que transformaria o Ministério
da Cultura em uma secretaria, porque a pasta seria “apenas centro de
negociações da Lei Rouanet”. A Cultura acabou sendo integrada ao
Desenvolvimento Social e a Esportes no novo Ministério da Cidadania.
A escalação do Ministério foi marcada por idas e vindas e indefinições quanto
ao novo organograma. O destino da Fundação Nacional do Índio (Funai), por
exemplo, foi um impasse. Alvo de críticas de Bolsonaro e área constante de
entraves que costumam resultar em protestos, a fundação virou pivô de um jogo
de empurra. Atualmente ligada ao Ministério da Justiça, a Funai esteve cotada
para ser transferida para as pastas da Cidadania, da Agricultura e acabou nos
Direitos Humanos. A articulação política, por sua vez, foi disputada entre a área militar e o
futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, que, a princípio, ganhou a
disputa.


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