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O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto — Foto: Luiz Felipe Barbiéri/G
O
ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta sexta-feira
(4) que o presidente Jair Bolsonaro se "equivocou" e
que um decreto do governo não prevê o aumento de imposto. Mais
cedo, nesta sexta, Bolsonaro afirmou que o ministro da Economia, Paulo Guedes,
anunciaria a "possibilidade" de reduzir a alíquota máxima do Imposto
de Renda. Disse também que o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) seria
aumentado.
Bolsonaro sancionou
a lei que prorroga até 2023 o incentivo fiscal concedido a empresas
nas áreas da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). Segundo
o ministro, ao sancionar a lei, Bolsonaro assinou um decreto que dá a garantia
para a execução dos benefícios fiscais. "Ele
[Bolsonaro] se equivocou. Ele assinou a continuidade do projeto da Sudam e da
Sudene. [...] Não haverá aumento de impostos", disse Onyx.
Após
a fala de Bolsonaro sobre o aumento do IOF e a mudança no Imposto de Renda, a
Receita Federal informou que não
haverá aumento de imposto e que uma eventual alteração na tabela
do IR só será discutida "posteriormente" e "no tempo
correto". De
acordo com a Consultoria de Orçamento da Câmara, a renúncia fiscal com a
prorrogação dos incentivos fiscais na Sudam e na Sudene pode chegar a R$ 10
bilhões. Segundo
o ministro da Casa Civil, o governo encontrou uma solução para compensar a
prorrogação de benefícios, que não exige o aumento de impostos.
'Pauta-bomba'
Embora
Bolsonaro tenha chamado o projeto sobre benefícios fiscais de
"pauta-bomba", Onyx explicou que o governo levou em conta o retorno
do investimento nas regiões Nortes e Nordeste ao sancionar a lei.
O
termo "pauta-bomba" costuma ser utilizado em referência a projetos
que provocam aumento nas despesas do governo.
"Para
cada real concedido de subsídio lá na Sudam e na Sudene, em média, são mais de
R$ 12 em investimentos. Então, tem uma significação importante na geração de
emprego, renda e na continuidade de investimentos importantes para a região
Nordeste e para a região Norte”, declarou.
Onyx
reclamou do fato de o ex-presidente Michel Temer ter deixado para o novo
governo a sanção do projeto, aprovado pelo Congresso no ano passado.
Imposto
de Renda
Sobre
as declarações de Bolsonaro sobre o Imposto de Renda, Onyx disse que essa é uma
tese já tratada durante a campanha, mas que só será possível quando o Brasil
atingir um equilíbrio fiscal. O
ministro disse que não sabe quando isso acontecerá, que as contas estão sob
responsabilidade de Paulo Guedes. “É
evidente que nos precisamos ter um tratamento mais equânime (...) Por isso que
nós tratamos com um conceito de dar um tratamento mais equilibrado pra
sociedade brasileira e nós vamos trabalhar, depois de feito um equilíbrio
fiscal do Brasil”, disse.
Previdência
Social
Onyx
também comentou sobre “ideia inicial” citado por Bolsonaro de tentar aprovar
uma reforma da Previdência com um aumento gradativo da idade mínima para
aposentadoria de 62 anos para homens e 57 para mulheres.
Conforme
o ministro, ao citar os números, Bolsonaro quis “dar uma tranquilidade” para as
pessoas de que a reforma terá um “olhar humano”.
“Quando
o presidente fala alguns números e falou no número de 57 e 62, ele quis dar uma
tranquilidade para as pessoas, que não vai haver uma ruptura, que vai haver uma
transição lenta e gradual, tendo um olhar humano para a reforma da
Previdência”, afirmou o chefe da Casa Civil.
O
ministro disse que em duas semanas será feita uma apresentação da reforma a
Bolsonaro, para ele decidir o melhor modelo.
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