
Na terceira semana após a tragédia do rompimento
da barragem Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), a Defesa Civil de
Minas Gerais busca concluir o levantamento de quantas casas foram atingidas
pelo acidente. O boletim mais recente mostra que, além dos 165 mortos e dos 155
desaparecidos, 138 pessoas estão desabrigadas.Essas
famílias foram acomodadas em hotéis e pousadas de Brumadinho e cidades
vizinhas, incluindo Belo Horizonte. A mineradora assumiu a responsabilidade
pelo custo com essas hospedagens. Na lista de desabrigados estão moradores das
comunidades Vila Ferteco, Córrego do Feijão e Parque da Cachoeira. A Agência Brasil pediu informações
sobre o número de casas que foram destruídas, mas foi informada que o dado
ainda não existe. "A individualização das residências atingidas está em
andamento", informou a Defesa Civil.
De acordo
com a prefeitura de Brumadinho, nem todos os desabrigados perderam suas casas.
Há pessoas que foram acomodadas em hotéis e pousadas porque viviam na área que
foi interditada após a tragédia ou por causa do mal cheiro provocado pela lama,
entre outros motivos. Pelos
dados do município, cerca de 300 pessoas eram moradores do povoado de Córrego
do Feijão. Nem todos precisaram deixar suas casas. Esse número inclui as
pessoas que viviam na Vila Ferteco, que integra o povoado e é composta por
poucas edificações.
Parque da
Cachoeira, por sua vez, é um bairro de Brumadinho. No local, viviam
aproximadamente 1,5 mil pessoas, segundo cálculos da prefeitura. O município
informou que lá foi o local onde mais casas foram afetadas.
Vazamento
As causas do rompimento são investigadas em inquérito aberto pela Polícia Federal (PF). Houve oitivas e perícias no local do incidente. Em nota, a Polícia Federal informou que uma das linhas de apuração apontam para “a possibilidade de um acúmulo de água e saturação da barragem e para uma possível falha no sistema de drenagem como eventuais causas de saturação da barragem e de seu consequente rompimento". Há quatro dias, a Vale também anunciou a contratação de quatro peritos externos para avaliar as causas técnicas do rompimento. A barragem que se rompeu tinha capacidade para 12 milhões de metros cúbicos. Segundo a Vale, ela não recebia rejeitos desde 2014. De acordo com informações que a mineradora repassou à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), cerca de 10 milhões de metros cúbicos vazaram após o rompimento. Outros 2 milhões de metros cúbicos se mantiveram no que restou do reservatório. Os dados revelam que a barragem estava no limite de sua capacidade.
As causas do rompimento são investigadas em inquérito aberto pela Polícia Federal (PF). Houve oitivas e perícias no local do incidente. Em nota, a Polícia Federal informou que uma das linhas de apuração apontam para “a possibilidade de um acúmulo de água e saturação da barragem e para uma possível falha no sistema de drenagem como eventuais causas de saturação da barragem e de seu consequente rompimento". Há quatro dias, a Vale também anunciou a contratação de quatro peritos externos para avaliar as causas técnicas do rompimento. A barragem que se rompeu tinha capacidade para 12 milhões de metros cúbicos. Segundo a Vale, ela não recebia rejeitos desde 2014. De acordo com informações que a mineradora repassou à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), cerca de 10 milhões de metros cúbicos vazaram após o rompimento. Outros 2 milhões de metros cúbicos se mantiveram no que restou do reservatório. Os dados revelam que a barragem estava no limite de sua capacidade.
Considerando
as informações que a Vale encaminhou ao órgão ambiental, o volume da lama que
vazou em Brumadinho é cerca de quatro vezes menor ao total estimado no
rompimento da barragem da Samarco, ocorrido em novembro de 2015 no município de
Mariana (MG). Na ocasião, 39 milhões de metros cúbicos se dissiparam pelo meio
ambiente, causando 19 mortes e destruindo comunidades. Ficaram desabrigadas
famílias dos distritos de Bento Rodrigues e Paracatu, em Mariana, e do distrito
de Gesteira, na cidade de Barra Longa (MG).
AtrasoNa região de Mariana,
após três anos do rompimento da barragem, os desabrigados aguardam solução
sobre suas casas e vivem em imóveis alugados pela Fundação Renova, entidade
criada conforme acordo firmado em maio de 2016 entre a Samarco, suas acionistas
Vale e BHP Billiton, o governo federal e os governos de Minas Gerais e do
Espírito Santo. Cabe à Fundação Renova, com recursos
das três mineradoras, reparar todos os danos causadas pela tragédia, o que
inclui também a reconstrução das comunidades.
A conclusão das obras de reconstrução das
comunidades de Bento Rodrigues, Paracatu e Gesteira, que foram devastadas
na tragédia de Mariana era prevista originalmente para este ano. No entanto, o
início dos trabalhos atrasou e a entrega não vai ocorrer antes de agosto de
2020. O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) chegou
a ajuizar uma ação civil pública em que defende que as
mineradoras devem indenizar os moradores pelos atrasos.
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