/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2019/5/p/JRB8GIRgO8iAiuxXLAnA/iolene.png)
Oito dias após ter sido anunciada pelo ministro Ricardo Vélez como
secretária-executiva do Ministério da Educação, cargo considerado o
"número dois" dentro do MEC, Iolene Lima informou, no início da
madrugada desta sexta-feira (22), que não seguirá na pasta. Iolene fez o anúncio pelo Twitter, no início da madrugada. “Diante de um
quadro bastante confuso na pasta, mesmo sem convite prévio, aceitei a nova
função dentro do ministério. Novamente me coloquei à disposição para trabalhar
em prol de melhorias para o setor. No entanto, hoje, após uma semana de espera,
recebi a informação que não faço mais parte do grupo do MEC”, postou Iolene.
Ela foi anunciada na Secretaria-Executiva do Ministério da Educação na
quinta-feira (14), pelo ministro Ricardo Vélez. Antes, Iolene servia como
secretária substituta da SEB, a Secretaria de Educação Básica do MEC. Essa era a segunda mudança no cargo. Até terça (12), o
secretário-executivo do MEC era Luiz Antônio Tozi. Ele foi demitido como último
ato de uma "reestruturação" promovida por Vélez, após uma série de
reuniões com o presidente Jair Bolsonaro. Além dele, outros seis diretores e
secretários de áreas do MEC foram demitidos. Com a saída de Tozi, o nome de Rubens Barreto da Silva chegou a ser
anunciado por Vélez, também em rede social. A nomeação de Barreto no cargo, no
entanto, não chegou a ser publicada no "Diário Oficial da União".
Crise no
ministério
Conforme publicou o colunista do G1 Valdo Cruz, há uma
"guerra" interna no MEC provocada por desentendimentos entre
militares e seguidores do escritor Olavo de Carvalho. Essa disputa ficou mais
evidente depois de uma sequência de polêmicas envolvendo atos do ministro da
Educação, que acabaram sendo creditadas a um dos grupos e levaram à
reorganização de funções na pasta.
*Resumo da crise
- O desempenho do ministro Vélez foi criticado por falta de resultados
e por polêmicas como a do hino nacional, na qual voltou
atrás;
- Ainda no carnaval, o ministro começa a planejar mudanças, alterando
funções de funcionários;
- O grupo reagiu, criticando a influência do coronel-aviador
Ricardo Roquetti junto ao ministro
- Bolsonaro determinou que Vélez fizesse demissões;
- Diante dos rumores de mudanças de cargo e da exoneração de seus
alunos, Olavo postou em uma rede social que eles deveriam deixar o
governo; ele chegou a afirmar que as trocas tinham como objetivo frear a
"Lava Jato da Educação";
- Na sequência, o governo exonerou funcionários e reafirmou
que o compromisso de "apurar irregularidades" estava mantido;
- Na mesma edição do "DOU" que exonerou seis funcionários,
na tarde de segunda-feira (11), o governo havia nomeado Rubens Barreto da
Silva como secretário-executivo-adjunto; na terça (12) porém, ele foi
anunciado como o novo secretário-executivo, com a demissão de Luiz Antônio
Tozi;
- No dia 14, porém, o ministro anunciou o nome de Ioelene Lima para o cargo; Vélez não disse se Barreto ocupará outro cargo no ministério.
Nenhum comentário:
Postar um comentário