
JOSÉ
ALDENIR / AGORA RN
O Governo do Rio Grande do Norte não enviou as informações do último
Relatório de Gestão Fiscal (RGF) de 2018, segundo informações do Tesouro
Nacional. Além do governo potiguar, apenas o Executivo do Estado de Mato Grosso
do Sul também não prestou contas. O documento que aponta para a falta de prestação de contas do governo
potiguar foi publicado no dia 28 de fevereiro. O RGF é publicado a cada
quadrimestre. O estudo analisa a despesa total com pessoal, dívida consolidada
líquida, concessão de garantias e operações de crédito e os valores da
disponibilidade de caixa e dos restos a pagar.
Segundo informações da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), o
relatório ausente se refere ao sexto bimestre de 2018. Os dados já foram
publicados, mas, segundo a Seplan, havia “inconsistência de informação”. Um
novo relatório está em fase de ajustes para ser republicado. “Então, apenas
após essa republicação iremos encaminhar os dados ao Tesouro Nacional. A
previsão para essa republicação é até 20 de março”, informa a pasta, através da
assessoria de imprensa. Ainda de acordo com a Seplan, os técnicos da pasta encontraram uma
contabilidade extremamente desorganizada, com problemas estruturais graves.
“Diante desse quadro, temos tomado medidas para reorganização dos lançamentos
contábeis adequados de 2018, além da migração segura dos saldos contábeis para
2019 e, a partir daí, faremos a republicação. Ainda estamos dentro do limite de
prazo para envio dessas informações sem prejuízo ao Estado”, afirmou o
Planejamento. Vale lembrar que Tesouro Nacional está analisando a criação do Programa
de Equilíbrio Fiscal (PEF).
O mecanismo será utilizado para ajudar Estados com
finanças em desequilíbrio, como é o caso do Rio Grande do Norte, que acumula
mais de R$ 850 milhões com débitos salariais, segundo a Seplan. O governo não
pagou o 13º salário de 2017, parte do Salário de novembro de 2018, o 13º
salário de 2018 e Salário de dezembro de 2018. O Ministério da Economia informou que o programa ainda está em discussão
– e sem prazo para ser iniciado. A proposta é a de permitir que bancos –
públicos e privados – possam participar do socorro aos Estados. O governo
federal entraria no negócio como o avalista da operação de crédito. A
estimativa é de que a ajuda aos Estado alcance o valor total de R$ 10 bilhões.
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