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quarta-feira, 1 de maio de 2019

CORPO DE BETH CARVALHO É VELADO NO RIO DE JANEIRO

Zeca Pagodinho no velório de Beth Carvalho — Foto: Cristina Boeckel/G1
O corpo da cantora e compositora Beth Carvalho – conhecida como a Madrinha do Samba e um dos maiores nomes da história do gênero – chegou às 9h15 desta quarta-feira (1º) à sede do Botafogo de Futebol e Regatas, na Zona Sul do Rio.

Após a cerimônia, às 16 h, sairá um cortejo no carro do Corpo de Bombeiros para o crematório no Cemitério do Caju, na Zona Norte. O caixão foi disposto no salão nobre do clube sob bandeiras do time e colocado em uma mesa coberta com as cores da Mangueira, sua escola do coração. Um painel com imagens importantes da carreira de Beth Carvalho foi montado na entrada.
Beth Carvalho canta deitada em show no Rio de Janeiro — Foto: Mauro Ferreira
Lembranças
O velório foi aberto ao público às 10 h. Coroas de flores foram entregues a pedido da Liga das Escolas de Samba do Grupo Especial do Rio (Liesa), da família de Diogo Nogueira, de Dudu Nobre e do Botafogo.

Emocionado, o cantor e compositor Dudu Nobre contou que, mesmo com problemas de saúde nos últimos anos, Beth Carvalho lutava para continuar cantando. Ele relembrou a importância da cantora na sua vida. "A Beth deixa um legado maravilhoso. Ela descobriu e deu oportunidade para muitas pessoas. Eu, quando conheci a Beth, tinha 4 ou 5 anos de idade. Era amiga de todos os sambistas da década de 70, 80 para cá", destacou Dudu Nobre. As cantoras Zélia Duncan e Teresa Cristina também estavam entre os primeiros que chegaram ao velório. Teresa contou que o sucesso da obra de Beth se devia à sua capacidade de se atualizar e conhecer as inspirações do povo brasileiro. "Eu vim agradecer por tudo, todo o olhar sobre a cultura brasileira. Uma pessoa que sabia o gosto do povo. Ela tinha um olhar sobre o que era popular", destacou Teresa Cristina.
Foto de arquivo de 27/08/2013 da sambista Beth Carvalho em seu apartamento em São Conrado, na zona sul do Rio de Janeiro — Foto: Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo/Arquivo
Segundo Teresa, ela conhecia todas as rodas de samba do Rio, além de ser aberta a novos compositores. As duas lembraram que a cantora nunca temeu expor as suas opiniões políticas e que, além da música, sua firmeza fica como legado. "Se tivermos uma unha da teimosia e do valor de Beth Carvalho, o Brasil começa a mudar a sua história. Viva a cultura brasileira! Viva Beth Carvalho!", ressaltou Zélia Duncan.

Cinco meses de internação
Beth Carvalho morreu na terça-feira (30), aos 72 anos. Ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, desde o início de 2019. A causa da morte, segundo comunicado da unidade de saúde, foi infecção generalizada.

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