Fátima defende novo Fundeb no Fórum dos Governadores
A governadora Fátima Bezerra
voltou a defender a necessidade dos governadores buscarem junto ao Congresso
Nacional a aprovação da proposta para incluir o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da
Educação (Fundeb) na Constituição Federal e ampliar a participação financeira
da União no financiamento. O fundo representa mais de 60% do valor aplicado na
educação básica pública brasileira e tem vigência até o fim de 2020. O posicionamento em torno da
aprovação foi reforçado em razão da carta encaminhada pelo Governo Federal ao
Fórum dos Governadores comunicando que não irá apoiar a proposta formulada pela
governadora do Rio Grande do Norte e aprovada pelo Fórum no fim de abril. “É
inaceitável a posição do Governo Federal, que se limitou a dizer que vai apenas
prorrogar o Fundeb por 10 ou 15 anos e desconsidera por completo os eixos
centrais da proposta dos governadores: tornar o Fundeb uma política permanente
e a ampliação da participação financeira da União”, comentou a governadora.
O assunto foi discutido
durante a 5ª reunião do Fórum dos Governadores, em Brasília, nesta terça-feira
(11). “Pautei o debate aqui para darmos prosseguimento à nossa luta pela
proposta que foi feita em sintonia com a Undime (União dos Dirigentes
Municipais de Educação), Consed (Conselho Nacional de Secretários de Educação)
e demais entidades ligadas à educação. O novo Fundeb que o Brasil precisa não é
apenas com prazo prorrogado, mas como política de Estado e com a ampliação do
financiamento”, completou Fátima Bezerra. No início do ano a
governadora do RN foi designada pelo Fórum dos Governadores como relatora da
proposta sobre o novo Fundeb. A proposição apresentada, além de incluir o fundo
de financiamento da educação na Constituição, pretende aumentar gradativamente
a complementação financeira da União, que é realizada quando os estados não
atingem o valor mínimo de investimento por aluno.
Atualmente o valor repassado
pelo Governo Federal é de 10%. A ideia apresentada pelos governadores é
promover um salto de 10% para 40%, sendo de 10% para 20% logo no primeiro ano de
vigência do novo Fundeb e de 20% para 40% em 10 anos, com ampliação de 2% ao
ano. A proposição dos estados já
tramita na Comissão de Educação do Senado Federal como a Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) nº 65/2019. A comissão já realizou três audiências públicas
para tratar do tema, uma delas com a presença da governadora Fátima Bezerra. A
PEC está sob a relatoria do senador Flávio Arns (Rede-PR), que defende a
reformulação do Fundeb e sua inclusão na Constituição Federal. O Fundeb foi aprovado pelo
Congresso em 2006 e regulamentado pelo Governo Federal em 2007, em substituição
ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização
do Magistério (Fundef), que vigorou de 1998 a 2006. O fundo de financiamento é
formado por parte de tributos como ICMS e IPI exportação, além de parcelas dos
fundos de participação dos Estados (FPE) e dos Municípios (FPM).
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