
Policiais cobram recuperação de 60,42% dos
vencimentos ao longo dos últimos cinco anos/JOSÉ ALDENIR – AGORA RN
A ameaça de greve de
policiais militares e bombeiros, prevista para esta segunda-feira, 17,
prejudicará toda a sociedade, avaliam especialistas. O Governo do Estado não
tem condições de atender a esta demanda do ponto de vista financeiro, mas já
sinalizou com outras melhorias para a categoria. “Que o reajuste é
necessário, não há dúvidas, mas não pode ser retroativo há anos de descaso com
a categoria, que ganha menos que um Policial Civil, por exemplo. Um ganho real
precisa ser discutido para se corrigir as distorções, mas de forma planejada e
a médio prazo”, dizem especialistas consultados pelo jornal.
Pensando nisso, a partir de
um compromisso técnico e político, em reunião com as associações na última
sexta-feira, 14, o Governo se propôs a criar um grupo de trabalho para
reordenar as carreiras da segurança pública, diminuindo as distorções e sanando
todo um histórico de não valorização profissional com um plano de equiparação
salarial. Ainda na reunião, que
ocorreu no Gabinete Civil do Estado, houve um compromisso de pagar as promoções
que estão represadas há anos.
“O Estado, apesar da atual
situação de calamidade financeira, tem honrado seus compromissos de pagamento
de salários dos ativos e inativos, assim como as diárias operacionais da
polícia civil e militar. Entretanto, vale ressaltar, não tem recursos para
cobrir um reajuste do porte de 60,42% (quando as demais categorias têm pautado
os reajustes com base em índices como o INPC – 2,44% ou IGP-M FGV – 3,56%).
Este reajuste não seria suportado por um Estado com finanças ainda tão
frágeis”, comenta uma fonte do governo. O Governo tem mantido a
promessa dos salários em dia, mas não dá um passo maior que a perna, e isso –
se desagrada alguns – mostra também que há maturidade na decisão, pois o estado
precisa ser gerido a médio e longo prazo, ponderou a fonte ouvida pelo jornal.
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