
Natal sedia, entre hoje e
amanhã, a 37ª edição do Encontro Econômico Brasil-Alemanha. É a segunda vez que
o evento acontece na região Nordeste, sendo a primeira em solo potiguar. Uma
série de atividades está programada para acontecer no Centro de Convenções. A
expectativa é que cerca de 600 empresários brasileiros e alemães participem do
encontro. O presidente em exercício Hamilton Mourão e o deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), presidente da Comissão de Relações Exteriores e
Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e filho do presidente Jair Bolsonaro,
virão a Natal para a abertura oficial do encontro. Enquanto Mourão estará
na solenidade de abertura do evento, a partir das 9h, Eduardo Bolsonaro, que
deverá ser indicado pelo pai para comandar a embaixada do Brasil nos Estados
Unidos, dará uma palestra de 15 minutos sobre as oportunidades oferecidas pelo
novo governo brasileiro para investidores estrangeiros.
De acordo com o presidente da
Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern), Amaro Sales de Araújo,
o encontro entre brasileiros e alemães ganha especial relevância por causa da
expectativa em torno da assinatura de um acordo comercial entre os 28 países da
União Europeia e os quatro do Mercosul. “Esse acordo abre uma janela de muitas
oportunidades. Vai trazer bons frutos para o Rio Grande do Norte”, enalteceu
Amaro Sales. Em junho, os comitês negociadores do Mercosul e da União
Europeia divulgaram em Bruxelas, na Bélgica, a conclusão do acordo envolvendo
os dois blocos econômicos. A espinha dorsal das novas regras é a redução
imediata ou gradual de tarifas de importação entre os países europeus e
sul-americanos — em muitos casos baixando os tributos a zero. Em tese, a reorganização
tarifária tornará mais baratos os produtos agropecuários e industriais
abrigados sob o guarda-chuva do acordo. Negociado ao longo de 20 anos e
festejado por ambas as partes como “o maior acordo de livre comércio da
história”, a aliança envolve números impressionantes, como o fato de os 32
países envolvidos somarem um produto interno bruto (PIB) superior a US$ 20
trilhões.
No Encontro Brasil-Alemanha –
que começou, na verdade, ontem, com um evento na Arena das Dunas restrito a
convidados, e irá até terça-feira –, acontecerão palestras e painéis de debates
para abordar temas como indústria 4.0, saúde, segurança e produtividade no
trabalho, inovação tecnológica e a exploração de energias.“No Rio Grande do
Norte, a bola da vez são as energias solar e eólica e, agora, entramos
novamente no ramo do petróleo. Houve uma redução, mas voltou ao cenário com a
exploração de campos maduros. As energias têm um papel importante no
desenvolvimento”, destacou Amaro, ressaltando que mais de 1,6 mil empresas
alemãs já atuam no Brasil, podendo ampliar seus investimentos para a área de
energia. O Rio Grande do Norte é o estado brasileiro com maior geração de
energia eólica no País. São 4 GW de capacidade instalada, com 149 parques
eólicos. O Estado apresenta também as melhores condições para a geração de
energia solar fotovoltaica e é o maior produtor em terra de petróleo do País.
Entre as atividades do
encontro, está prevista também uma visita técnica a duas indústrias potiguares
– a Guararapes Têxtil, em Extremoz, e a fábrica de sorvetes e polpa de frutas
Sterbom, em Macaíba – e também ao Instituto Metrópole Digital, ao CTGAS e à
Casa Passiva, que é uma casa modelo de eficiência energética usada como
laboratório e ambiente para cursos oferecidos pelo Serviço Nacional da
Indústria (Senai), na zona Norte de Natal. O Encontro Brasil-Alemanha
acontece todos os anos – um ano aqui, outro no país europeu. Em 2018, foi
realizado em Colônia, na Alemanha, reunindo mais de 600 empresários dos dois
países. A reunião anual é organizada pela Federação das Indústrias Alemãs (BDI)
e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), pelo lado brasileiro. Este
ano, por ser em Natal, a ação tem organização também da Fiern.
Nenhum comentário:
Postar um comentário