
O secretário de Educação Básica do MEC, Janio Macedo, em palestra no Educação 360. Foto: Shismênia Oliveira/MEC./Guilherme Pera e Shismênia Oliveira, do Portal MEC
Tornar o Brasil referência em
educação básica na América Latina até 2030 é o principal objetivo do
Compromisso Nacional pela Educação Básica, lançado em julho. Em
palestra no Rio de Janeiro nesta segunda-feira, 16 de setembro, no evento
Educação 360, o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC),
Janio Macedo, destacou que a iniciativa deve ser política de Estado, e não só
de um governo.
Assim como fez ao firmar o
Compromisso, Macedo ressaltou o trabalho em conjunto com o Conselho dos
Secretários Estaduais de Educação (Consed) e com a União Nacional dos
Dirigentes Municipais de Educação (Undime). O secretário disse que toda a
articulação é feita em conjunto com as entidades, pois são estados e municípios
os responsáveis pela educação básica. “Cabe ao MEC trabalhar como um agente
indutor, congregar essas forças todas para que a política possa ser efetivada”,
disse.
Composto educacional – O
projeto de implementar 216 escolas cívico-militares até 2023 é parte do
Compromisso e foi abordado pela plateia. O MEC vai destinar R$ 54 milhões para
adaptar 54 colégios ao modelo já em 2020.
Segundo o secretário, a
iniciativa faz parte de um “composto educacional”, que inclui ampliação da
carga horária no ensino de 4 para 5 horas no ensino fundamental, assim como do
Ensino Médio em Tempo Integral e do Novo Ensino Médio.
Formação de professores e BNCC
– A formação de professores deve estar em sintonia com a Base Nacional
Comum Curricular (BNCC), observou o secretário. O motivo: a BNCC “traz um novo
conceito educacional para o aluno como também para o professor”. “A gente desenvolveu, nesse
ciclo educacional, os pilares que envolvem educação infantil, ensino
fundamental anos iniciais, ensino fundamental anos finais, ensino médio,
educação de jovens e adultos e a formação de professores tanto inicial quanto
continuada”, explicou Macedo.
EJA e ensino técnico – O
desafio de manter jovens e adultos em sala de aula é o fato de eles não estarem
na série/ano que corresponde à idade. E muitos têm que trabalhar para sustentar
a família. A Educação de Jovens e Adultos
(EJA) deve, segundo Janio Macedo, estar atrelada ao ensino técnico. “Ao agregar
a educação de jovens e adultos ao ensino técnico profissional, você traz a
possibilidade de essa população se inserir no mercado de trabalho com uma nova profissão,
de tal sorte a melhorar sua renda familiar”, disse.
Creches – O modelo de
creche deve se adaptar ao município para que haja alocação mais eficiente de
recursos e a instituição de ensino seja melhor. Esse é o norte que o MEC quer
dar ao Programa Nacional de Reestruturação e Aquisição de Equipamentos para a
Rede Escolar Pública de Educação Infantil (Proinfância). “Temos que ouvir do Consed e
da Undime para nos ajudar nesse trabalho, que nós possamos estabelecer os
modelos adequados à situação do município e não ao contrário. Podemos fazer uma
creche mais simples, mais barata, que crie condições para o município fazer a
gestão dessa creche”, disse. O Educação 360 é uma
iniciativa dos jornais O Globo e Extra para debater a educação. Está na sexta
edição. Neste ano, vai até terça-feira, 17. O secretário de Educação Básica do
MEC participa do evento a convite da organização.
Nenhum comentário:
Postar um comentário