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O presidente Jair
Bolsonaro assinou hoje (6) uma medida provisória (MP) que cria a carteira de
identificação estudantil, em formato digital. O documento será chamado de ID
Estudantil e poderá ser obtido após um cadastro na internet ou em agências da
Caixa Econômica Federal. A MP altera a Lei nº 12.933/2013, que regulamentou a
meia-entrada, para permitir que o Ministério da Educação (MEC) possa emitir a
identificação, que será gratuita para o estudante. As entidades que tinham a
prerrogativa exclusiva de emissão da Carteira de Identificação Estudantil, como
a Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG), a União Nacional dos Estudantes
(UNE) e a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), poderão
continuar emitindo o documento.
Segundo o governo, a ID
Estudantil poderá ser utilizada por todos os estudantes da educação básica,
profissional e tecnológica e superior. Na cerimônia de assinatura da MP no
Palácio do Planalto, o ministro da Educação, Abraham Wintraub, destacou a
redução da burocracia e a universalização do acesso ao documento, já que não
haverá mais custo para o estudante. Ele também reforçou que será feito um
melhor controle contra fraudes.C“Vamos acabar com esse
papel. Quem ainda não está conectado à internet, que são os mais pobres, que
hoje não têm carteirinha porque a carteirinha é cara, vai tirar na Caixa
[Econômica Federal] a custo zero para a pessoa.
Quem tem conexão com a
internet, pega o seu celular, faz pelo celular todo o cadastramento, a gente
checa a informação, vai estar no celular a carteirinha digital. Com isso, a
gente vai ter controle contra fraude e o benefício vai ser para os próprios
estudantes”, afirmou.CA emissão da nova
carteira de estudante começará em 90 dias a partir da publicação da MP no
Diário Oficial da União, ou seja, em dezembro, para os estudantes do ensino
superior. Para os demais estudantes, o documento deverá estar disponível em até
seis meses. Para se tornar definitiva, a alteração na lei, que vale
inicialmente por até 120 dias (validade da MP), precisará ser aprovada no
Congresso Nacional, que poderá propor alterações. O texto, depois, retornará ao
Poder Executivo para sanção presidencial.
Maranhão decreta escolas
com liberdade e sem censura
Ao discursar sobre a
medida, o presidente Jair Bolsonaro criticou as entidades estudantis que
arrecadam recursos com a emissão da carteira de estudante. O documento custa
atualmente R$ 35. “Vamos poupar trabalho de uma minoria que representa os
estudantes. Eles não vão ter que trabalhar mais. Agora, o seu tempo laboral
será zero. Não teremos mais uma minoria para impor certas coisas em troca de
uma carteirinha”, afirmou. “O que nós estamos
fazendo aqui hoje é libertar cada jovem, cada estudante. Não tem que pagar mais
dinheiro para a UNE, para Ubes, para quem quer que seja”, afirmou o
ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. Segundo o MEC, apesar de
ser gratuita para o estudante, a emissão da carteira estudantil terá um custo
de 17 centavos por documento, que será bancado pelo governo federal.
Banco de dados
Além de autorizar o MEC a
emitir a ID Estudantil, a medida provisória permite a criação e manutenção de
um banco de dados único e nacional dos estudantes, com informações cadastrais
sobre a escola e a série em que o estudante está matriculado. Ao solicitar a
carteira, o estudante terá que dar o consentimento para o compartilhamento dos
seus dados cadastrais e pessoais com o MEC. O banco de dados também será
alimentado com informações prestadas pelas entidades vinculadas ao MEC e pelas
instituições de ensino. “Não vai ter mais o
monopólio da emissão.
Ela vai ser feita por quem já faz hoje, mais o Ministério
da Educação e mais outras entidades que estão detalhadas na medida provisória.
A diferença é que, a partir de 1º de janeiro de 2021, qualquer entidade que
fizer a emissão da carteira, vai fazer uma consulta, em tempo real, à base de
dados do Ministério da Educação, que vai verificar se aquela pessoa é estudante
ou não estudante, mas todos vão poder manter a emissão”, afirmou o secretário-executivo
do MEC, Antonio Paulo Vogel, em coletiva de imprensa para detalhar a medida.
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