
A
diminuição do efetivo da Polícia Civil é uma realidade preocupante e, caso não
seja revertida nos próximos anos, alcançará números insustentáveis. No início
de janeiro deste ano, por exemplo, o efetivo era de 1401 policiais, entre
Agentes, Escrivães e Delegados. Em outubro, porém, caiu para 1358. Levantamento
feito pelo SINPOL-RN aponta que em 2029, o efetivo será menor que 500, se não
houver novas contratações, pois no decorrer dos próximos 10 anos 869 policiais
civis estarão aptos a aposentadoria. Com
baixo efetivo e a perda mensal de policiais que se aposentam, as investigações
se tornam cada vez mais lentas e inconclusivas.
Com um déficit de 73,6%, a PCRN
possui 3.792 cargos vagos, conforme Lei Estadual 417/2010, que deveriam ser
preenchidos para suprir a demanda investigativa de um dos estados mais
violentos do Brasil. Esses
números impactam de forma significativa no aumento da violência do Estado. Quem
contestar essa afirmação, e não concordar com um real aumento do efetivo da
nossa Polícia Civil, estará indo contra uma política de ação em desfavor da
criminalidade. A violência vem cada vez mais afetando a economia do estado e a
vida dos norteriograndenses.
A
discussão sobre o efetivo se torna mais grave quando levamos em conta o número
de policiais que vêm sofrendo de distúrbios psicológicos, pela carga excessiva
de trabalho e falta de valorização, acarretando em pedidos de licença médica.
Estudos realizados por duas universidades do Sul do país demonstram que 60% dos
policiais civis sofrem de algum grau de distúrbio psíquico de caráter
depressivo. Os
investimentos em Segurança devem ser feitos em todas as frentes de atuação. Se
um braço da Segurança está com bom efetivo, mas o outro está defasado, este não
processará de forma célere tudo que é produzido pelo outro.
Presidente
do Sinpol-RN
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