
Relatório preliminar de auditoria do Tribunal de
Contas do Estado (TCE) aponta que o Instituto de Previdência dos Servidores
Públicos do Estado do Rio Grande do Norte (Ipern) enfrenta um déficit atuarial
de R$ 50,5 bilhões. Ou seja, esse é o montante que falta, necessário para
honrar as aposentadorias e pensões dos servidores beneficiários do plano até o
fim de suas vidas”, diz o estudo da Corte de Contas. De acordo com o relatório o montante das reservas
matemáticas estimadas como necessárias para cobertura do plano de benefícios é
de R$ 83,6 bilhões, mas os ativos garantidores são apenas R$ 365,4 milhões.
O relatório — elaborado com base no Demonstrativo
do Resultado de Avaliação Atuarial de 2018, mas com data base de 2017 — mostra
também que não existe amortização do déficit e que “é necessário e urgente que
o Instituto de Previdência apresente diversos cenários para recomposição e
reequilíbrio do fundo a longo prazo, capazes de honrar com os compromissos
assumidos, porque a inércia pode conduzir, infelizmente, ao colapso do
sistema”.
Para o cálculo do déficit atuarial por servidor
ativo foram utilizados os valores dos ativos garantidores dos compromissos do
plano de benefícios, os valores atuais dos fluxos futuros de pagamento dos
benefícios e a quantidade de servidores ativos vinculados ao Regime Próprio da
Previdência Social (RPPS) estadual (civis), relativamente ao exercício de 2017,
informados no Demonstrativo de Atualização Atuarial. Da relação apurou-se um resultado negativo de R$
-1.019.567,26 para cada servidor ativo.
“Em linhas gerais, significa que na
data da apuração, esse montante consistia na diferença, para cada servidor
ativo, entre os compromissos líquidos do plano de benefícios e os ativos
financeiros garantidores do sistema de previdência já capitalizados. Para o TCE, A gravidade da situação demonstra a
urgência na adoção de medidas que, ao longo dos anos, venham reverter o
desequilíbrio atuarial do regime. O adiamento do enfrentamento do problema, por
sucessivos governos, trouxe o agravamento da situação a um patamar de quase
insustentabilidade.
Fonte: Portal Grande Ponto
Nenhum comentário:
Postar um comentário