
Morreu na sexta-feira (24), aos 87 anos, o
jornalista Sérgio Noronha. Um comentarista que os torcedores brasileiros
aprenderam a respeitar nos jornais, no rádio e na televisão.
Futebol e jornalismo. Duas paixões de uma vida
inteira. Nos anos 50, um curioso e interessado office boy da
revista “O Cruzeiro” ganhou uma chance como redator. Começava a trajetória de
um dos mais populares cronistas esportivos do país. O carioca Sérgio Noronha escreveu em vários diários
até ganhar as páginas do “Jornal do Brasil” e se tornar referência no texto
esportivo.
No rádio e na televisão, demonstrou o mesmo
talento. “A diferença dele é que ele soube passar de uma boa
linguagem escrita para uma boa linguagem falada”, disse o repórter Marcos
Uchôa. A relação de Sérgio Noronha com a televisão foi
longa, mais de 40 anos. Na Globo, começou em 1975. Trabalhou na Globo até 2009. “Tem que ter uma medida da sua crítica, da sua
transmissão, da sua narração muito boa. Não diga nada se não tiver certeza”,
declarou Noronha ao projeto Memória Globo. “O jornalismo esportivo perdeu um grande profissional
e eu perdi um grande amigo”, afirmou o comentarista Arnaldo Cezar Coelho.

Nos últimos anos, foi diagnóstico com Alzheimer. Em
2018, passou a morar no Retiro dos Artistas. Após contrair uma pneumonia, ficou
internado dez dias num hospital da Zona Sul do Rio, onde morreu nesta
sexta-feira (24), de parada cardíaca, aos 87 anos. “Faço sempre questão de frisar a parceria que fiz
com Sérgio Noronha na Copa do Mundo de 1982, na Espanha, na Rede Globo. Ali
aprendi muito. Noronha me ensinou a ser um profissional mais completo e uma
pessoa humana muito melhor. Que Deus o receba com muito amor e muito carinho,
seu Nonô”, disse o narrador Galvão Bueno.
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