
Paralisação dos servidores da Dataprev em Natal | Foto: Adaça Oliveira
Funcionários públicos da Empresa de
Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev) do Rio Grande do Norte
realizaram um ato de protesto, na tarde de quarta (29), em
solidariedade aos funcionários demitidos do órgão pelo governo federal. Os
171 funcionários no RN, apesar de não terem sido atingidos com as
demissões, resolveram aderir à greve nacional após o governo ter anunciado
o fechamento de 20 das 27 unidades do órgão em todo país em fevereiro.
No dia 8 de janeiro, a Dataprev deu
início ao Programa de Adequação de Quadro (PAQ) que incentiva 493 empregados da
estatal a pedirem a demissão voluntária. A decisão já foi aprovada pela
Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais, do Ministério da Economia
(Sest). Ligado ao Ministério da Economia, o órgão é responsável pela
Base de Dados Sociais Brasileira e está entre as estatais que devem ser
privatizadas pelo governo federal. A greve teve início na segunda-feira
(27) e não tem previsão de término. Para o o secretário geral do Sindicato
dos Trabalhadores de Processamento de Dados de Informática do RN,
(SINDPD), Fernando Carneiro, o plano de aposentadoria oferecido aos
servidores que serão demitidos não é o ideal. "Para esses
funcionários, foi oferecido um plano de demissão muito aquém do que deveria e
com um prazo de apenas 12 dias para eles aderirem".
Ele também questiona a privatização
da empresa que lida com os dados da população do país. "a privatização da
Dataprev não faz o menor sentido, nós cuidamos das informações sociais de toda
população brasileira, essas informações não podem estar disponíveis para a
iniciativa privada". E questiona qual seria o valor da informação, para
Fernando, informação é um produto com valor imensurável no mercado. As filiais afetadas com as demissões
e fechamentos estão nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Bahia,
Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,
Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima, Sergipe
e Tocantins, segundo as informações da instituição, elas geram receitas de
menos de R$ 2,5 milhões ao ano, para gastos anuais de R$ 93 milhões.
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