
O Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN)
seguiu com a programação de visitas de fiscalização nos hospitais da capital
potiguar. Na última semana, a diretoria visitou o Hospital Estadual Dr.
Ruy Pereira dos Santos. O Hospital Ruy Pereira é referência em cirurgias
vasculares e em tratamento para pessoas diabéticas. Atualmente possui 60
leitos, quantidade insuficiente para atender a demanda do hospital que, de
acordo com a diretoria, além de pacientes vasculares e diabéticos, também
presta atendimento na área da ortopedia. São cerca de 15 cirurgias realizadas por dia e
aproximadamente 70 amputações por mês.
A carência de leitos resulta em demandas
judiciais para pacientes que necessitam serem internados com urgência. Na fila
de espera o número de pessoas que aguardam vaga na classificação vermelha
(emergência) já se aproxima de 150. Ao todo, são quase 300 pacientes que
esperam em casa por uma vaga no hospital. O abastecimento também passa por dificuldades. O hospital
trabalha com permutas para conseguir equilibrar a falta de medicamentos e
materiais. Faltam também aparelhos para realização de ultrassonografias e
Raio-X. A estrutura do hospital é preocupante. Precisa-se de reparos
na parte elétrica e na estruturação do prédio como um todo.
Muitos leitos, por
exemplo, estão com as portas dos banheiros totalmente comprometidas. Para o presidente do Sinmed-RN, Geraldo Ferreira, apesar das
deficiências, fechar o Ruy Pereira não é a melhor solução: “uma
possibilidade seria o governo concentrar todo o serviço em uma única unidade
como o hospital da polícia, por exemplo, com cerca de 80 leitos para pacientes
vasculares ou construir uma unidade hospitalar vascular própria de média e alta
complexidade, onde pudesse além dos procedimentos paliativos, fazer também as
revascularizações, evitando possíveis amputações”, disse. “Ruim com
ele. Pior sem ele”, completou.
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