
Terminam na sexta-feira (20) as inscrições
para a décima sexta edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas
Públicas (Obmep). Escolas públicas e privadas podem inscrever seus alunos exclusivamente pela internet até
as 23h59 de sexta-feira. As escolas particulares foram incluídas no certame a
partir de 2017. A edição do ano passado foi recorde,
registrando 18,2 milhões de estudantes de 54,8 mil escolas de 99,71% dos
municípios brasileiros. A Obmep foi criada pelo Instituto de Matemática Pura e
Aplicada (Impa) em 2005 e é realizada com apoio da Sociedade Brasileira de
Matemática (SBM), com recursos do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações (MCTIC) e do Ministério da Educação (MEC).
O diretor-geral do Impa, Marcelo
Viana, lembrou que no ano passado a olimpíada alcançou a quase totalidade dos
municípios brasileiros, à exceção de apenas 16. “Praticamente, a gente está
alcançando toda a população estudantil brasileira. São mais de 18 milhões de
crianças nessa faixa etária do sexto ano [do ensino fundamental] até o terceiro
ano do ensino médio. E a gente sempre espera ir mais além”. Foram distribuídas no ano passado 598
medalhas de ouro, 1.746 de prata e 5.183 de bronze, além de 48.133 menções
honrosas.
Matemática sem medo
O diretor-geral do Impa disse que a
olimpíada permite também que os estudantes brasileiros comecem a enxergar a
matemática sem medo. Segundo Marcelo Viana, o medo da matemática começa com o
fato de que o ensino em sala de aula, de modo geral, “é muito chato, monótono,
baseado em memorização. Isso se transforma em medo porque, para algumas
crianças, é um mistério que as pessoas as obriguem a estudar coisas que para
elas não fazem o menor sentido. E todos nós gostamos de entender o que estamos
fazendo”.
Para Marcelo Viana, a origem do medo parte do pressuposto de que o ensino da matemática costuma ser desmotivador. A olimpíada, ao contrário, segundo ele, apresenta a matemática às crianças e jovens com um lado lúdico, “muito instigador, que desperta até a autoestima da criança. Leva-a a enfrentar desafios”. A experiência como pai levou-o também a constatar de perto como a Obmep contribui para estimular as crianças a querer resolver os problemas.
Para Marcelo Viana, a origem do medo parte do pressuposto de que o ensino da matemática costuma ser desmotivador. A olimpíada, ao contrário, segundo ele, apresenta a matemática às crianças e jovens com um lado lúdico, “muito instigador, que desperta até a autoestima da criança. Leva-a a enfrentar desafios”. A experiência como pai levou-o também a constatar de perto como a Obmep contribui para estimular as crianças a querer resolver os problemas.
Provas
As provas da 16ª Obmep serão
realizadas nos dias 26 de maio e 26 de setembro e distribuídas de acordo com o
grau de escolaridade do aluno: Nível 1 (6º e 7º anos), Nível 2 (8º e 9º anos) e
Nível 3 (ensino médio). A primeira etapa engloba todos os candidatos que fazem
provas de múltipla escolha. São selecionados os 5% melhores de cada escola que
realizam a segunda prova, que é discursiva e contém seis questões com 18 itens
no total. O resultado com os nomes dos vencedores será divulgado em 8 de
dezembro. Os medalhistas serão chamados a
participar do Programa de Iniciação Científica (PIC Jr.) estruturado pelo Impa,
como incentivo e promoção do desenvolvimento acadêmico.
Os estudantes premiados da rede pública recebem uma bolsa de Iniciação Científica Jr do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 100 mensais. “A contrapartida é que eles fazem um curso ou programa de treinamento sobre matemática e, ao longo do ano, esses alunos são acompanhados por professor universitário. Eu acho que para a maioria deles, esse PIC Jr é mais saboroso do que a própria medalha”. Marcelo Viana foi um desses estudantes que participaram do PIC Jr, revelou. Já os medalhistas da rede particular poderão participar do PIC Jr somente como ouvintes. Se os medalhistas do ensino médio forem começar algum curso de graduação no primeiro semestre de 2021, poderão participar do processo de seleção para o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (PICME), que oferece uma bolsa de iniciação científica do CNPq no valor de R$ 400.
Os estudantes premiados da rede pública recebem uma bolsa de Iniciação Científica Jr do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), no valor de R$ 100 mensais. “A contrapartida é que eles fazem um curso ou programa de treinamento sobre matemática e, ao longo do ano, esses alunos são acompanhados por professor universitário. Eu acho que para a maioria deles, esse PIC Jr é mais saboroso do que a própria medalha”. Marcelo Viana foi um desses estudantes que participaram do PIC Jr, revelou. Já os medalhistas da rede particular poderão participar do PIC Jr somente como ouvintes. Se os medalhistas do ensino médio forem começar algum curso de graduação no primeiro semestre de 2021, poderão participar do processo de seleção para o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (PICME), que oferece uma bolsa de iniciação científica do CNPq no valor de R$ 400.
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