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O Instituto de
Previdência do Rio Grande do Norte (Ipern) paga aposentadoria a 263
ex-vereadores de diversos municípios do estado e pensões a seus dependentes,
totalizando 433 beneficiários e uma despesa de R$ 1,11 milhão por mês. O
Ministério Público do Rio Grande do Norte investiga possíveis
irregularidades na concessão dos benefícios ao grupo e afirma que
“aparentemente ofende o princípio do pacto federativo e o equilíbrio financeiro
e atuarial da Previdência Social” – que tem, no Estado, déficit de R$ 130
milhões por mês.
O Ipern afirma que as aposentadorias
e pensões foram concedidas legalmente durante os anos de 1979 e 1993, período
em que uma lei estadual ficou em vigor e permitiu os benefícios aos deputados e
aos vereadores, caso os municípios tivessem convênio com o Estado, através da
Carteira Parlamentar. No entanto, não se sabe quantos municípios fizeram
o convênio com o Estado. “Hoje [a Carteira Parlamentar] ainda conta com 433
pessoas, sendo esse montante composto de 263 ex-vereadores e 170 dependentes e
pensionistas dos que já faleceram na qualidade de beneficiários”, afirmou o
órgão ao MPRN.
Instaurada no último dia 5, a
investigação identificou benefícios que chegam a R$ 26 mil por mês em casos em
que houve reajuste judicial. Para quem não possui o reajuste, os benefícios
alcançam uma média de R$ 998. A maioria dos casos tem o reajuste e isso se
reflete na despesa do Ipern, que aumenta mais que o dobro. Uma das decisões
corrigiu o valor da aposentadoria de R$ 7,5 mil para R$ 24,8 mil, por exemplo.
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