Os Jogos Paralímpicos de Tóquio se encerraram e, com eles, mais um ciclo de grandes exemplos de superação e humanismo se completa. O mundo teve, no evento encerrado há pouco no Estádio Olímpico de Tóquio, mais uma amostra da riqueza que a diversidade proporciona. Superação que, do ponto de vista brasileiro, foi confirmada nas 72 medalhas conquistadas (22 ouros; 20 pratas; e 30 bronzes), dando ao país a sétima colocação no quadro geral. Três dessas medalhas foram parar no peito do nadador Daniel Dias, a quem coube a honrosa tarefa de carregar a bandeira brasileira durante o evento de encerramento dos jogos.
Com os três bronzes conquistados,
Daniel entra para a história como o maior medalhista paralímpico brasileiro,
após 27 pódios. Após empunhar a bandeira, o nadador não pôde se juntar à
delegação brasileira que, a exemplo das demais delegações, já se encontrava no
estádio. Ele teve de se dirigir aos bastidores para se preparar para a posse no
novo comitê paralímpico, do qual é integrante. O Brasil foi o 117º país
a ter sua bandeira desfilada, em uma cerimônia que contou com a
participação de 160 países, além das representações dos refugiados e do Comitê
Olímpico Russo.
Hospitalidade, aceitação e celebração
“Há oito anos prometemos hospitalidade.
Estou confiante de que cada atleta sentiu esse espírito aqui”, discursou a
presidenta do Comitê Organizador dos Jogos Paralímpicos de Tóquio, Seiko
Hashimoto ao ressaltar que os paratletas “inspiraram muitos de nós a começar
nossas próprias jornadas" em busca de "um futuro mais inclusivo”. Presidente do Comitê Paralímpico
Internacional, o brasileiro Andrews Parsons disse que os jogos não foram apenas
históricos. “Atletas fantásticos abriram nossos corações e mentes, e mudaram
vidas”, disse ele pouco antes de citar uma “filosofia japonesa” que defende não
apenas a aceitação, mas “a celebração de todas as imperfeições que todos
temos”.
“Hoje o que fazemos não é uma cerimônia de encerramento, mas a abertura de um futuro olhar para 1,2 bilhão de pessoas com deficiência, que querem ser cidadãos ativos em um mundo inclusivo”, completou ao declarar o encerramento dos jogos. Em seguida, foi apresentado um vídeo com autoridades internacionais e personalidades selecionadas pelas Nações Unidas, ligadas ao movimento #wethe15, em uma uníssona mensagem em favor da inclusão.
Paris é logo ali
Vieram então a queima de fogos e o
anúncio de Paris como sede dos próximos Jogos Paralímpicos, a serem realizados
em 2024. Vídeos de artistas e personalidades parisienses foram apresentados, em
sinal de boas vindas àqueles que participarão dos jogos.
Ao final, a pira olímpica foi, aos poucos, se apagando, em meio a uma versão da música What a Wonderfull World, de Louis Armstrong. Apaga-se a chama, mas mantêm-se a eterna mensagem de superação, humanismo e diversidade tão bem proporcionada pelos jogos paralímpicos. Agora é esperar. Paris é logo ali.
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