
Reitoria quer criar mais de 160 novos cargos comissionados/funções gratificadas na UERN
“Foi com surpresa e total
desacordo que a Diretoria da ADUERN tomou conhecimento na manhã de hoje (14) do
Processo nº 04410002.002776/2022-41 (Ver processo completo ao final da matéria)
que trata do impacto orçamentário pós “reestruturação administrativa da FUERN”,
proposta pela Reitoria da Universidade ao Conselho Diretor e que quer criar 161
novos cargos comissionados ou funções gratificadas na UERN, aumentando de 410
para 571”, relata o sindicato dos docentes da Universidade do Estado do Rio
Grande do Norte.
Com a autonomia financeira e administrativa criada pelo governo da professora Fátima Bezerra (PT), a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte passou a discutir uma série de demandas internas das categorias, como a implementação dos planos de cargos, carreiras e salários de técnicos-administrativos e docentes da instituição, que vivem com salários defasados há anos. A associação dos docentes denuncia que a UERN terá um gasto por mês de R$1.045.714,99 só com o pagamento de gratificações; “isso representa um aumento de 29,34% mês ou R$ 237.213,13 a mais em relação a junho de 2022”.
*Veja o quadro demonstrativo
com o montante que pode ser gasto pela Reitoria
“A ADUERN acredita que neste
momento a prioridade da universidade deve ser a revisão do Plano de Cargos,
Carreiras e Remunerações – PCCR – que na atual formatação prejudicou uma
parcela significativa de professores e professoras. Além disso, temos uma série
de demandas estruturais históricas que precisam ser sanadas o quanto antes.
Nossos esforços e orçamento devem estar voltados para isso”, disse o presidente
da ADUERN, professor Neto Vale.
A Diretoria da ADUERN defende que a criação de novos Cargos Comissionados e Funções Gratificadas precisa partir de uma discussão coletiva e pública com toda a comunidade acadêmica. Para o sindicato, com a implementação do novo PCCR é injustificável a manutenção de gratificações tão altas, e é momento para repensar estes valores, passando a ter apenas um caráter simbólico. “É justo que um grupo de servidores e servidoras seja privilegiado em detrimento do restante da categoria? A quem interessa a ampliação no número de gratificações? Quais os impactos de 161 novos cargos comissionados na democracia interna da universidade?
No que isso vai melhorar nossas condições de trabalho e ensino?” questiona Neto Vale. O sindicato convocou uma reunião para a próxima segunda-feira (18) com a participação da Comissão de Campanha Salarial, o Conselho de representantes do sindicato e o representante docente no Conselho Diretor, para discutir a minuta da “reestruturação administrativa da FUERN” e avaliar estratégias para barrar a medida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário