Em um cenário econômico
marcado por flutuações cambiais, a visão do vice-presidente da República e
atual ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo
Alckmin, destaca-se pela perspectiva positiva em relação ao dólar na
casa dos R$ 5. Para o ministro, tal patamar de cotação torna-se uma vantagem
competitiva para a indústria nacional.
Na manhã desta sexta-feira (6), a cotação do dólar comercial atingiu R$ 5,22 e o dólar turismo estava sendo vendido a R$ 5,43. Com isso, muitos questionamentos surgem sobre o impacto desses números na economia brasileira. No entanto, Alckmin defende que “ninguém pode reclamar” desta situação. Segundo ele, muitos países têm uma moeda mais desvalorizada, juros mais baixos e políticas fiscais rigorosas. O que realmente importa é evitar grandes oscilações no valor da moeda. Em entrevista concedida à Rádio BandNews FM, Alckmin expressou sua visão de que um câmbio entre R$ 4,80 a R$ 5 é favorável para a economia brasileira, desde que se mantenha estável.
Impacto positivo na balança
comercial
Além de oferecer uma
perspectiva otimista, Alckmin também trouxe dados que corroboram sua visão. O
Brasil, mesmo com variações nos preços das commodities, mantém uma trajetória
de crescimento nas exportações. Se mantidas as projeções atuais, o saldo da
balança comercial brasileira pode ultrapassar a marca de US$ 90 bilhões este
ano.
Câmbio, juros e imposto: O
tripé econômico
Alckmin ressaltou que, no
passado, o Brasil já vivenciou cenários de paridade entre o real e o dólar, o
que impactou negativamente a indústria nacional. De acordo com ele, a chave
para o desenvolvimento sustentável da economia brasileira reside em três pilares:
câmbio, juros e impostos. Quando um desses fatores está desequilibrado, o
resultado pode ser prejudicial ao emprego e à criação de novas
oportunidades no país.
A visão de Alckmin em relação
ao valor atual do dólar destaca a importância de uma análise mais aprofundada
das flutuações cambiais, considerando não apenas os números brutos, mas também
seus impactos indiretos na economia e na indústria nacional. Seus argumentos
abrem uma janela para um debate mais amplo sobre o verdadeiro significado da
competitividade na era da globalização.
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