A criação da Secretaria Estadual de Cultura (Secult/RN) foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte (ALRN) nesta terça-feira (16), depois de mais de oito meses de tramitação. O Projeto de Lei Complementar (PLC) que cria a Secretaria de Cultura foi enviado pela governadora a ALRN e altera a Lei nº 163 de 1999. Com isso, transforma a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer em Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer (SEEC) e cria a secretaria de Estado da Cultura (Secult), uma demanda antiga do setor.
Mesmo com a criação oficializada, a pasta já funcionava de modo extraordinário, sob comando de Mary Land Brito. Tanto ela quanto o diretor-geral da Fundação José Augusto (FJA), Gilson Mathias, acompanharam a sessão plenária, assim como ativistas da cultura. Líder do governo na Assembleia, o deputado Francisco do PT defendeu a criação da nova pasta e disse que investir em cultura é investir no desenvolvimento dos estados. Ele rebateu os comentários de que a criação da Secult geraria mais despesas para a máquina pública. "O governo não está criando nenhum cargo para botar apadrinhado, porque a secretaria já está funcionando de forma extraordinária. E depois já está perfeitamente justificado no projeto de lei que a estrutura que vai fazer a secretaria funcionar será ocupada por cargos já existentes na estrutura organizacional do Estado”, afirmou.
Histórico
A
proposta chegou a ser rejeitada pela Comissão de Finanças e Fiscalização (CFF)
da ALRN, em maio deste ano, sob o argumento ferir a Lei de Responsabilidade
Fiscal, o que gerou protestos de artistas e produtores culturais em frente ao
parlamento estadual. O
projeto voltou a tramitar no mês passado, após recurso dos deputados Francisco
do PT, Divaneide Basílio (PT) e Isolda Dantas (PT), que afirmam que a criação
da Secretaria não gera despesa.
Para
o governo, a falta de uma pasta da cultura atrapalhava a continuidade de uma
série de ações no setor, como a organização, planejamento a longo prazo,
alinhamento com parâmetros nacionais e recebimento de recursos federais. O Rio
Grande do Norte era um dois estados da Região Nordeste sem uma Secretaria do
setor, ao lado do Sergipe. Piauí, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas
e Bahia já eram amparados por uma secretaria voltada especialmente à cultura.
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