Quem tem o hábito de consumir
café já percebeu: o preço da bebida subiu significativamente. Nos
supermercados, o impacto no bolso do consumidor é evidente, e especialistas
alertam que a situação pode se agravar. Os índices globais mostram o aumento
expressivo. O café arábica, referência no mercado internacional, registrou em
março de 2024 seu maior valor desde 1977, com um crescimento de 70% em relação
ao ano anterior. Já o café robusta, uma opção mais acessível, subiu 80% no
mesmo período. Esses aumentos assustam os consumidores e os levam a reduzir a
quantidade da compra.
Esse é o caso de Greice Kelly, 36 anos, que afirma ter diminuído o uso do café no dia a dia diante dos altos preços. “Tem que economizar. Se deixar, antes eu tomava uma garrafa por dia, mas agora é, no máximo, duas vezes. Desse jeito não dá”, explica. Em um supermercado no bairro do Alecrim, onde Greice realizava as compras ao lado do marido, o pacote de 250g do café mais barato estava R$ 10,98 com valor promocional, enquanto outras marcas superavam R$ 12,29. O principal responsável pela alta nos preços é o clima adverso. O Brasil, maior produtor mundial de café e responsável por quase metade da oferta de arábica, enfrentou desafios severos, como a pior seca em 70 anos entre agosto e setembro de 2024. Apesar das chuvas ajudarem no cultivo, há incertezas sobre a próxima safra, prevista para julho de 2025.
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