O Rio Grande do Norte vai
receber novo investimento em energia eólica no momento de R$ 755 milhões. O
anúncio foi feito pela SPIC Brasil que investirá na instalação de dois novos
parques eólicos: complexos Paraíso Farol e Pedra de Amolar estarão localizados
no município de Touros, a cerca de 85km da capital, Natal.
De acordo com o anúncio, serão 17 aerogeradores no total, com capacidade instalada de 105,4 MW, o suficiente para abastecer 280 mil residências por ano. Os aerogeradores dos novos complexos serão fornecidos pela Goldwind, uma das maiores fabricantes de turbinas eólicas do mundo. A empresa ficará responsável pela instalação e manutenção integral, por 30 anos, dos 17 aerogeradores (cada um com 6,2 MW de potência e um diâmetro de rotor de 182m), a partir da entrada em operação dos parques. A montagem das turbinas GWH182 6.2MW para os parques eólicos da SPIC marcará a primeira entrega da recém-inaugurada fábrica da Goldwind em Camaçari (BA), na região metropolitana de Salvador. Lá, a nacele (compartimento que abriga o gerador de energia) e o hub (que conecta as pás à turbina) serão montados. “Os complexos eólicos no RN serão os primeiros instalados 100% pela SPIC no Brasil e ampliam nosso parque gerador de alta vocação renovável.
Para instalarmos esse projeto com excelência, buscamos um parceiro com a mesma expertise da SPIC global, que hoje é a segunda maior geradora eólica no mundo. Em parceria com a Goldwind, vamos entregar complexos eficientes, com alta tecnologia e que contribuem para uma matriz energética limpa, competitiva e de qualidade”, afirma Adriana Waltrick, CEO da SPIC Brasil. “Este será o primeiro parque eólico no Brasil a utilizar a turbina Goldwind GW182 e, também, a primeira a ser feita em nossa fábrica. Ao mesmo tempo, será a maior turbina em tamanho e capacidade instalada no Brasil. Esse é um marco significativo tanto para a Goldwind quanto para a SPIC, assim como para o mercado eólico brasileiro. Portanto, com o contrato assinado, a Goldwind anuncia solenemente nossa determinação em contribuir para o desenvolvimento de longo prazo do mercado eólico no Brasil”, disse Liang Xuan, CEO da Goldwind América do Sul.
Obras serão iniciadas em janeiro próximo
O parque Paraíso Farol
receberá sete aerogeradores, com capacidade instalada de 43,4 MW. Já Pedra de
Amolar vai contar com dez aerogeradores e capacidade instalada de 62 MW. As
obras devem ser iniciadas a partir de janeiro de 2025 e a previsão é que ambos
os parques comecem a operar em 2026. A energia gerada por eles será
comercializada no mercado livre. Cerca de metade dos projetos
serão financiados com equity do acionista e o restante a partir de dívida de
longo prazo.
Hub de renováveis no Nordeste
Este é o terceiro projeto
eólico da SPIC no Brasil, que já opera outros dois parques na Paraíba –
Millennium e Vale dos Ventos – que, somados, possuem 58,2 MW de potência
instalada e capacidade de abastecer 100 mil residências/ano. O grupo SPIC é o segundo maior
gerador de energia eólica do mundo, com 51 GW em ativos. Quando os novos
complexos entrarem em operação, a SPIC Brasil totalizará mais de 4 GW (4.063,6
MW) de capacidade instalada no país, sendo mais de 65% advinda de fontes
renováveis. Os novos ativos representam um incremento de 1,9% na capacidade
instalada atual da SPIC Brasil.
Além dos dois novos complexos eólicos no RN, recentemente, a companhia anunciou a aquisição de 70% do Complexo Solar Luiz Gonzaga, localizado em Pernambuco. Em parceria com a Recurrent Energy, o projeto de R$ 400 milhões se junta a outros dois parques na região, os Complexos Solares Marangatu, no Piauí, e Panati, no Ceará, cujos investimentos superaram os R$ 2 bilhões. Juntos, os três parques somam capacidade instalada de 852 MWp e podem abastecer mais de 1 milhão de residências/ano. “Todos esses projetos compõem nosso cluster de renováveis no Nordeste. Os aprendizados e inovações implementadas nos novos parques serão importantes para o desenvolvimento de projetos futuros, focando em tecnologia de ponta, sustentabilidade, parcerias estratégicas, capacitação de mão de obra, Pesquisa & Desenvolvimento, entre outros aspectos.?A SPIC reafirma seu compromisso de liderar o mercado gerador com responsabilidade, eficiência e sustentabilidade, buscando fornecer energia limpa e competitiva para o Brasil.”, completa Waltrick.
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