Para os produtores, a Indicação Geográfica vai muito além do reconhecimento comercial – trata-se da preservação de uma tradição centenária. “O queijo de manteiga do Seridó foi criado pelos nossos avós e bisavós. Lutar pela IG é garantir que essa cultura continue viva e que o nosso produto seja respeitado”, afirma Isaías Fernandes (Didi), presidente da Amaqueijo e produtor da Queijeira do Zaca, em São João do Sabugi. Ele também ressalta o trabalho do Sebrae, que tem ajudado na regularização das queijeiras e na obtenção de certificações como o Selo Arte, que permite a comercialização em todo o Brasil. A certificação exige um rigoroso processo de padronização e documentação. O consultor do Instituto Inovates, Gabriel Beliqui, que acompanha o projeto desde 2021, destaca a importância desse trabalho conjunto. “Estamos construindo esse pedido com muito critério, para que o Queijo de Caicó seja formalmente reconhecido e possa conquistar o espaço que merece no mercado nacional”, explica.
O Sebrae-RN tem desempenhado um papel fundamental na capacitação dos produtores, auxiliando na qualidade do leite, boas práticas de produção e controle da rastreabilidade do queijo. Para a analista Kessianny Souza, a IG trará mais segurança para os consumidores e ajudará a combater falsificações. “Além de valorizar esse produto tão especial, a certificação garante que ele chegue ao mercado com procedência e qualidade assegurada”, destaca. Com a Indicação Geográfica, o Queijo de Manteiga de Caicó poderá se consolidar como um dos produtos típicos mais valorizados do Brasil, preservando a cultura regional e garantindo um futuro mais promissor para os produtores do Seridó.
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