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sábado, 20 de setembro de 2025

ASSÚ ESTÁ ENTRE OS 10 MUNICÍPIOS DO BRASIL QUE MAIS PERDERAM CAATINGA PARA USINAS SOLARES


Potencial de restauração da Caatinga no Rio Grande do Norte destaca-se em estudo internacional. Foto: Reprodução.

A cidade de Assú, a 210 quilômetros de Natal (RN), está entre os dez municípios do Brasil que mais perderam Caatinga para usinas solares, com 1.701 hectares de caatinga suprimidos entre 2016 e 2024. O estudo, realizado pelo MapBiomas e concluído esta semana, mostra que em 2016 os painéis fotovoltaicos ocupavam 2,32 hectares do Semiárido potiguar. Já em 2024, essa área passou para 3.552,49 hectares. Um aumento de 16,27%, fazendo com que o Estado ocupe o terceiro lugar, no Nordeste, entre os que mais perderam caatinga para usinas solares, em nove anos. Em todo o Brasil, a Caatinga, único bioma 100% brasileiro, vem perdendo espaço para as placas de usinas fotovoltaicas. Até 2024, a Caatinga abrigava 62% das áreas das usinas, o equivalente a 35,3 mil hectares em todo país.

Considerando todo o território nacional, o RN está em quarto lugar entre os Estados que mais perderam Caatinga para usinas solares entre 2016 e 2024. O primeiro é Minas Gerais (59,84%); o segundo, Bahia (25,48%), o terceiro, Piauí (17,35%); o quinto, Ceará (14,77%); e o sexto, Pernambuco (12,22%). Juazeiro (BA), em todo o Nordeste, é o município com maior registro de remoção da Caatinga para dar lugar a empreendimentos solares. De 2016 a 2024, o município baiano perdeu 2.303 hectares para os painéis fotovoltaicos. No país, fica atrás apenas de Jaíba (MG), com 2.840 hectares de Caatinga desmatados, e Janaúba (MG), com 2.409 hectares.


Fonte: MapBiomas

Os números do MapBiomas mostram que no Brasil o crescimento se deu a partir de 2016, com 822 hectares de área ocupados por instalações de médio a grande porte destinadas à geração de energia elétrica por conversão direta da luz solar, com foco na comercialização da energia. “Em 2024, essa área já era de 35,3 mil hectares. Quase dois terços (62%, ou 21,8 mil hectares) estão na Caatinga; cerca de um terço (32%, ou 11,2 mil hectares) fica no Cerrado; e 6% (2,1 mil hectares) está na Mata Atlântica. Juntos, Minas Gerais, Bahia, Piauí e Rio Grande do Norte possuem 74% da área mapeada com usinas fotovoltaicas em 2024: 25,9 mil hectares”, diz o relatório. Desse total, 13,1 mil hectares, ou 37% de toda a área ocupada por usinas fotovoltaicas no Brasil, estão em Minas Gerais.  Quase metade (44,5%, ou 15,7 mil hectares) da área convertida para usinas fotovoltaicas era formações savânicas e 36,6% (12,9 mil hectares) da área convertida para usinas fotovoltaicas eram pastagens.


Fonte: MapBiomas

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