Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) voltaram a ser alvo de arrastões dentro do campus. Pelo menos dois casos foram registrados na noite desta segunda-feira (6), por volta das 20h40: um na parada do Setor V enquanto os alunos aguardavam o transporte para deixar o campus e outro nas proximidades da Biblioteca Central. Testemunhas relatam cenas de violência rápida e agressiva. Uma aluna contou que estava na saída do bloco H quando presenciou um assalto: “Todo mundo saiu correndo, mas uma menina não conseguiu. O assaltante foi extremamente agressivo com ela, pegando bolsa, celular e capacete em segundos. Tem que ter todo cuidado, porque a segurança aqui é praticamente inexistente, e está muito escuro”.
Outro estudante reforçou o perigo: “Eu estava descendo as escadas do bloco H e fui em direção ao estacionamento. Não foi nem um minuto, começou a correria. Olhei para trás e vi o cara extremamente agressivo com a vítima, arrancando tudo da mão dela com uma tranquilidade assustadora”. A preocupação não é nova. Próximo ao bloco H e em frente à Biblioteca Central, outros assaltos já foram registrados, incluindo abordagens de criminosos em motos.
Histórico de assaltos e
sequestros no campus
Casos anteriores no campus
reforçam a vulnerabilidade. No final de maio passado, um estudante de
Engenharia de Produção foi atacado no Setor IV por bandidos armados em um carro
preto, que aplicaram coronhadas e roubaram relógio e corrente. Já em abril, uma estudante
sofreu sequestro dentro do campus, quando um assaltante armado a obrigou a
sentar no banco do passageiro, transferiu R$ 400 via Pix de seu celular e
ameaçou retornar caso a polícia fosse acionada. Ela foi libertada minutos depois
em uma área de matagal em Ponta Negra.
Segurança do campus: falhas e
orientações da UFRN
Por ser uma autarquia federal,
a responsabilidade pela segurança dentro da UFRN é da Polícia Federal. Porém, a
integração das forças de segurança ainda não tem sido suficiente para garantir
proteção efetiva aos estudantes e servidores.
A ouvidoria da universidade
orienta que todos os casos sejam registrados na plataforma Fala BR, mesmo após
a abertura de Boletim de Ocorrência, para reforçar a prevenção e o
monitoramento de ocorrências dentro do campus.
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