
URBANA
A situação da Urbana está longe de ser apenas um jogo de acusa e responde, contudo, ao fazer as matérias dos dois lados, duas frases me chamaram a atenção e merecem ser destacadas porque demonstram, bem, o que pensam funcionários e direção a Urbana.
FRASE
“Não somos nem diretores da Urbana, nem compradores (de equipamentos e contratantes de terceirizados), para nos chamarem de ladrão”. A declaração foi do, agora, ex-gerente da Urbana, Dedé, e mostra bem o que os funcionários pensam sobre as direções da Companhia que se sucederam no órgão durante esses anos, dando origem e permitindo o enraizamento de tantas irregularidades. Afinal, não é por acaso que a empresa pública, vez ou outra, é manchete por denúncias feitas – diga-se de passagem, as mesmas, relacionadas à terceirização e à existência de funcionários fantasmas.
FRASE II
“Não me importa se a empresa pequena não poderá participar do processo licitatório. O problema é dela. Eu quero saber é da economia que a licitação vai trazer para a Urbana”. Esta frase é do diretor-presidente da Urbana, Jonny Costa, e evidencia a forma de pensar dele, baseada, exclusivamente, na maneira empresarial de gerir um negócio. De certa forma, confirma que a atual administração não está interessada na situação dos vários caçambeiros que trabalharam horas sem receber pela Prefeitura no final de 2012/início de 2013. O que a gestão quer é a redução de gastos, mantendo ou melhorando o serviço. O que, de certa forma, está certo.
LICITAÇÃO
Um problema a menos para a direção da Urbana com relação a licitação. Na manhã de hoje, o auditor do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Cláudio Emerenciano, indeferiu o pedido cautelar para suspensão do processo licitatório, solicitada pelo Sindicato das Empresas de Veículos e Bens Móveis do Rio Grande do Norte (SINLOC/RN). De acordo com o auditor, o pedido é improcedente por ausência dos requisitos e em homenagem aos princípios da economicidade, da eficiência administrativa e da supremacia do interesse público. A licitação para os serviços de limpeza e coleta de lixo, orçada R$ 341,7 milhões, está agendada para terça-feira, na modalidade menor preço, e envolve uma série de serviços que foram organizados em lotes.
APOIO
Se encontrar quem apóie o Governo já não está fácil, imagine então com essa situação do veto ao projeto do aliado José Adécio? Com essa, a gestão Rosalba Ciarlini mostra, mais uma vez, que não tem tino político. Vetar integralmente uma matéria que poderia muito bem ser analisada e corrigida, havendo nela falhas. O veto integral foi desnecessário e, com ele, o Governo poderá sofrer uma dura derrota política logo no início do último ano de gestão DEM.