
TRÉGUA
As eleições 2014 têm sido boas para aqueles (quase todos) que reclamam dos elevados gastos das campanhas: o mês de julho foi embora sem praticamente haver político na rua. Com isso, reduziram-se os gastos com a entrega de “santinhos”, adesivos, lançamento de site, contratação de pessoal… Se a reforma política não sai, os políticos decidiram tirar um mês fora. Julho foi um mês de trégua.
COMEÇO FRIO
E, depois de um mês de tranquilidade, os eleitores de Natal e do interior começaram a receber as primeiras visitas dos políticos nesta semana. E boa parte do eleitorado considerou os visitantes, de certa forma, indesejados. Nas caminhadas dos dois “principais” candidatos da majoritária (Robinson e Henrique) por Natal, por exemplo, conta-se nos dedos da mão as casas que eles foram convidados a entrar. E mesmo na que eles entraram, o desconforto foi visível, tanto do eleitor anfitrião, quanto do visitante.
SÓ NA BOA
Por sinal, nessas caminhadas, não faltaram eleitores céticos, que não deram um sorriso ao apertar a mão dos políticos ou que não os deixaram passar do portão. E para evitar constrangimento, os candidatos só iam depois que os assessores chegavam e atestavam a receptividade do eleitor. Se fosse receptivo, o candidato vinha. Se não fosse, passava reto.
MULHERES
Laurita e Julianne têm sido presenças marcantes nas campanhas de seus maridos, Henrique e Robinson, respectivamente. Sempre ao lado deles, as duas distribuem sorrisos, abraços e postagens nas redes sociais. O cargo de “primeira dama” também está em jogo.
GARIBALDI
Por falar em presença, o ministro Garibaldi Filho participou nesta sexta-feira da caminhada de Henrique em Nova Descoberta. E para não ofuscar o primo, Garibaldi fez questão de andar lá atrás, de forma mais lenta e cadenciada. Todas as vezes que parava ao lado de Henrique, no entanto, o ex-governador recebia todas as atenções dos eleitores, fazendo Henrique seguir para a próxima casa.
GARIBALDI E WILMA
O discurso de Garibaldi ao final da caminhada em Nova Descoberta, inclusive, foi um momento de descontração da noite. Em uma fala cheia de referências a adversária histórica e, agora, aliada Wilma de Faria, candidata ao Senado, Garibaldi brincou: “Wilma teve que se ausentar para outro compromisso político e pediu para eu representá-la neste discurso. Imagine só: logo eu, representar Wilma”. A pequena platéia caiu na risada.
NELTER
O deputado Nelter Queiroz tem certa razão ao dizer que o discurso de Fábio Faria foi vazio ao falar do poderia econômico de Henrique. Fábio, realmente, não tem como falar do poderia econômico do presidente da Câmara Federal sendo, Robinson, um dos homens mais ricos do Estado. Um discurso desse só poderia ser feito pelos filhos de Araken, de Robério, de Simone… Jamais pelo grupo de Robinson, nem pelo de Henrique. É até um desrespeito aos mais humildes.
COLEGA
Nesta semana, um deputado potiguar viu o colega de Assembleia Legislativa (candidato a reeleição) deixar um dos eventos eleitorais logo no início da festa e não perdeu a chance de comentar: “Olhaí… Acostumado a comprar votos, não conhece o eleitor e nem as lideranças. Por isso, não aguenta ficar nesses eventos com o povo. A campanha é dura para esses caras”. Alguém duvida da veracidade do comentário?