
O secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida - Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil
Os pagamentos do Tesouro Nacional passarão a ser
feitos no mesmo dia da ordem bancária a partir de janeiro de 2019. Atualmente,
há uma demora de até sete dias entre a ordem e a efetivação do pagamento, o que
faz com que o dinheiro fique parado no banco nesse período.
Segundo o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida,
a medida evitará que ordens de pagamento no fim do ano só tenham impacto
financeiro no caixa do ano seguinte. Além disso, o secretário citou como
benefícios o aumento da transparência e o fim de discrepância entre dados
divulgados pelo Tesouro e outros números divulgados pelo governo. Mansueto
Almeida exemplificou com o teto de gastos, que é calculado pelas ordens de
pagamentos.
De acordo com Almeida, antigamente, como tudo era
feito manualmente, com assinatura da ordem de pagamento em papel e transporte
do documento ao banco, esse período até a efetivação do pagamento era
necessário. “Hoje é feito de forma eletrônica e imediatamente vai para o Banco
do Brasil.” Com a nova sistemática, o Tesouro não precisará
emitir ordem de pagamento neste ano para que o dinheiro de benefícios
previdenciários e socais e folha de pessoal do Poder Executivo seja liberado no
início de janeiro do próximo ano.
Tanto a ordem quanto o pagamento dessa
despesa, no total de R$ 32,9 bilhões, serão feitos em janeiro. No ano passado,
tais despesas chegaram a $$ 33,1 bilhões.Mansueto Almeida acrescentou que, com a
modernização, ordens de pagamento poderão ser liberadas até pelo celular, a
partir do próximo ano.