Os projetos de iniciativa do
Governo do Rio Grande do Norte, que dispõem sobre as diretrizes da política
salarial de todas as áreas do funcionalismo público, passaram pelo crivo da
Comissão de Fiscalização e Finanças (CFF) da Assembleia Legislativa. Reunido
nesta quarta-feira, 16, o colegiado aprovou as duas matérias à unanimidade. A primeira matéria dispõe
sobre as diretrizes de política salarial para os servidores públicos do poder
executivo e militares. O outro projeto promove revisão salarial dos servidores
públicos estaduais da administração direta e indireta.
As matérias seguem sua
tramitação normal até chegar ao plenário para apreciação e aprovação dos
parlamentares. “A aprovação deste Projeto de
Lei Complementar torna-se essencial para garantir uma política salarial que não
apenas valorize os servidores, mas também contribua para a eficiência e a
qualidade dos serviços públicos prestados à população do Estado do Rio Grande
do Norte”, justificou o deputado Luiz Eduardo (Solidariedade), relator dos
projetos. Com os projetos, o Governo do
Estado assegura a todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas com
paridade do Poder Executivo a recomposição salarial dos anos de 2023 a 2025,
conforme o IPCA, estimando uma concessão que alcance entre 13% e 14% entre
janeiro de 2025 e abril de 2026. O impacto estimado na folha de pessoal é de R$
60 milhões por mês.
Serão beneficiados 32.063
servidores ativos, 25.979 aposentados e 5.673 pensionistas, totalizando 63,7
mil pessoas. Acrescentando 1.210 docentes e 903 técnicos da Universidade do
Estado do Rio Grande do Norte (UERN), ao todo, 65.828 servidores serão incluídos
nos projetos. Entre as categorias do Poder
Executivo beneficiadas estão policiais militares, civis e penais, bombeiros,
analistas e assessores jurídicos da PGE, técnicos tributários da Fazenda,
servidores do Itep, da Administração Direta (LC 432/2010), da Saúde, da PGE e
do Gabinete Civil. Além destes, o pacote também
beneficiará servidores da Controladoria, do Detran, do DER, do Ipern, da
Fundação José Augusto, da Jucern, da Emater, da Fundase, do Idiarn, do Idema,
os antigos servidores do Bandern e os empregados públicos da Datanorte.
Comissão de Administração
aprova projetos de reestruturação salarial
Na 14ª reunião ordinária da
Comissão de Administração, Serviços Públicos, Trabalho e Segurança Pública
(CASPTSP) da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, realizada nesta
quarta-feira, 16, foram discutidos e aprovados quatro projetos, dois de autoria
do Ministério Público e outros dois de autoria do Governo do Estado. Iniciativa do Ministério
Público, a proposta que altera a Lei Complementar nº 508, de 4 de abril de
2014, criando novos cargos no quadro geral de serviços auxiliares do MP. O
relator da matéria, deputado Coronel Azevedo (PL), apresentou parecer favorável. O segundo projeto do MPRN,
relatado pelo deputado Gustavo Carvalho (PSDB) e aprovado por unanimidade,
propõe alterações na Lei nº 9.419, de 29 de novembro de 2010, que dispõe sobre
o Fundo de Reaparelhamento do Ministério Público (FRMP). A proposta visa aprimorar
a utilização dos recursos do fundo, garantindo a continuidade do
reaparelhamento da instituição.
Além das propostas do MP, o
Governo do Estado apresentou dois projetos para a reestruturação de cargos e a
revisão salarial de servidores. O primeiro deles, relatado também pelo deputado
Gustavo Carvalho (PSDB), trata da reestruturação dos cargos de auditor de
controle interno e analista contábil, além de instituir o plano de cargos,
salários e carreira para o cargo de auditor de finanças e controle (AFC). A
medida visa ajustar e modernizar as carreiras no âmbito do governo estadual. O segundo projeto do Executivo, relatado pela deputada Cristiane Dantas (SDD),
refere-se à revisão salarial dos integrantes dos órgãos operacionais do Sistema
Estadual de Segurança Pública (Sisprn). A proposta altera diversas leis
complementares e tem como objetivo melhorar as condições salariais de policiais
militares, bombeiros e agentes de segurança, reforçando o compromisso com a
segurança pública no estado.