Páginas

BUSCA NO BLOG

sexta-feira, 30 de março de 2012

SECA PROVOCA PERDA DE PLANTAÇÕES INTEIRAS NO RIO GRANDE DO NORTE


 
A lavoura de seis hectares do agricultor Leôncio Elias deveria está alta, mas ainda não germinou. O milho plantado no início de fevereiro ainda está do mesmo jeito debaixo da terra. “Não nasce mais. Já está perdido”, lamenta. Esta é a situação dos agricultores do assentamento Quixaba, em Mossoró, no oeste do Rio Grande do Norte. Os pés de milho e feijão de uma área de dois hectares nasceram, mas para o produtor não é mais garantia de uma boa colheita. “Plantou no dia 13 fevereiro. Se tivesse chuva, deveria estar com 1,20 metro. Mas, se muito, ela está com 30 centímetros”, calcula. Segundo o Sindicato da Lavoura de Mossoró, praticamente todas as 130 comunidades e assentamentos do município, que dependem da chuva para o plantio, estão com a safra perdida.


A estação invernosa não apareceu no semi-árido do Rio Grande do Norte. Este ano, as chuvas estão abaixo da média. Pelo levantamento da Estação de Meteorologia da Universidade Federal do Semi-Árido, de janeiro até agora no final de março choveu pouco mais de 110 milímetros na região de Mossoró. A média para o período é de 320 milímetros. “O que está provocando isso é a falta de aquecimento das águas do Oceano Atlântico. Nossas chuvas aqui se originam no Oceano Atlântico sul, na costa do Ceará e do Rio Grande do Norte. Água está fria. Para haver chuva a água tem que aquecer, evaporar, formar nuvens e, consequentemente, as chuvas. Nós deveremos ter mais chuva em abril do que aconteceu no mês de março. Mas eu diria que o período chuvoso desse ano já está comprometido”, diz o meteorologista José Espínola.

Nenhum comentário:

Postar um comentário