O promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Peres, não será o secretário de Justiça e Cidadania do Rio Grande do Norte. Pelo menos, essa é a decisão de momento do Conselho Superior do Ministério Público potiguar e que, segundo o próprio promotor, dificilmente será modificado. Nesta segunda-feira, José Augusto Peres confirmou que o posicionamento do órgão era contrário à nomeação e que aguarda o retorno a Natal do procurador-geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, para informar a decisão à governadora Rosalba Ciarlini. "Onofre viajou e não conversei com ele hoje, mas até ele ir embora (o posicionamento) era pelo não", confirmou José Augusto Peres. Convidado para assumir a Sejuc, pasta mais conturbada da gestão de Rosalba Ciarlini, José Augusto Peres teve conversa com a governadora para expor as condições para assumir a secretaria.
Mesmo com a intenção declarada de tentar sanar parte dos problemas direcionados à pasta, principalmente com relação ao sistema penitenciário, o promotor disse que iria se submeter ao que fosse decidido pelo Conselho Superior do MP. "Eu sei que seria confusão grande (ocupar a Sejuc), mas eu gostaria de ao menos poder tentar. Paciência. Gostaria de poder tentar, mas me curvo ao Conselho Superior do MP/RN. É minha casa", postou o promotor, que tem pensamento divergente ao do CSMP quanto à impossibilidade de ocupar a Sejuc e citou casos de promotores de São Paulo que foram cedidos para ocupar cargos nas administrações de Estadual e Federal. Para o juiz de Execuções Penais, Henrique Baltazar, José Augusto Peres seria um bom nome para comandar a Sejuc. O magistrado lamentou a possibilidade cada vez mais remota de que o promotor ocupe o cargo. "Seria muito bom vê-lo na Sejuc. Para mim, era a esperança do sistema prisional funcionar. Creio que seriam suas condições para aceitar", disse, através do Twitter, Henrique Baltazar para José Augusto Peres.
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