O ex-prefeito de Goianinha Rudson Raimundo Honório
Lisboa, conhecido como Disson, foi condenado por corrupção eleitoral. A
sentença foi da juíza Ana Karina de Carvalho. O político foi punido,
inicialmente, a dois anos de reclusão. Mas, considerando que o réu não tem
antecedentes e não possui conduta social que o desabone, a magistrada
substituiu a pena privativa de liberdade pela restritiva de direito, a chamada
pena alternativa. Rudson Lisboa deverá pagar 30 salários mínimos,
valor que será revertido em recursos materiais para a Polícia Civil de
Pipa, Polícia Civil de Goianinha e Política Militar de Pipa. Além disso, ele
deverá prestar serviço a comunidade no Hospital Municipal de Goianinha pelo
período de dois anos. A magistrada, na sentença, ressaltou que ficou
provado o delito cometido pelo político. "Deve-se afastar a alegação de
ter sido a situação armada pelos opositores políticos do réu. Afinal, o acusado
estava em plena campanha eleitoral quando ofereceu benesses a diversos
eleitores municipais, dias antes do pleito", escreveu a juíza Ana Karina
de Carvalho na sentença.
Analisando a situação da compra de voto, a
magistrada ressaltou que "aquele que entrega alguma vantagem a eleitor,
principalmente próximo ao pleito, mesmo sem pedir diretamente o voto em troca,
obviamente espera angariar seu voto". Uma das provas anexadas ao auto foi
um computador apreendido, onde a perícia no equipamento mostrou que havia uma
lista de nomes de pessoas com respectivos títulos eleitorais e registros de
supostas doações. Na sentença de seis páginas, a juíza citou
diversos trechos de testemunhas e concluiu que a lista encontrada no disquete
apontava para eleitores que teriam recebido benefícios em troca da promessa de
voto. "Não merecem prosperar as alegações finais
da defesa, no sentido de que há insuficiência de provas, uma vez que fora
demonstrada a autoria do réu no delito cometido", escreveu a juíza na
sentença.
Nenhum comentário:
Postar um comentário