O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, reduziu de 8,5% para 8% a taxa básica de juros da economia. O corte, definido por unanimidade pelo colegiado na noite desta quarta-feira (11), foi o oitavo consecutivo na taxa Selic, que começou a recuar em agosto do ano passado. Com a decisão do BC, foi "renovada" a mínima histórica – ou seja, os juros atingiram o menor patamar já registrado em toda a série histórica do Banco Central, que começa em 1986. Até o momento, a menor taxa apurada era justamente de 8,5% ao ano.
Expectativa do mercado e explicação do BC
A decisão do Banco Central confirmou a expectativa da maior parte dos economistas do mercado financeiro. A previsão dos analistas dos bancos é de que o Copom promova um novo corte dos juros em sua reunião de 28 e 29 de agosto, desta vez para 7,5% ao ano - patamar no qual a taxa terminaria 2012. Ao fim do encontro, o BC divulgou a seguinte frase: "O Copom considera que, neste momento, permanecem limitados os riscos para a trajetória da inflação. O Comitê nota ainda que, até agora, dada a fragilidade da economia global, a contribuição do setor externo tem sido desinflacionária. Diante disso, dando seguimento ao processo de ajuste das condições monetárias, o Copom decidiu, por unanimidade, reduzir a taxa Selic para 8,00% a.a., sem viés".
Atividade, inflação e setor produtivo
Ao baixar os juros, o BC busca estimular a atividade e combater os efeitos da crise financeira internacional na economia brasileira. Mesmo com oito cortes consecutivos nos juros, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu apenas 0,2% no primeiro trimestre deste ano. A autoridade monetária avalia que os cortes de juros demoram de seis meses a um ano para terem impacto pleno na economia, e informa que espera um crescimento maior do PIB brasileiro no segundo semestre de 2012. Os cortes de juros também facilitam o financiamento da atividade produtiva. "A economia real passa a ter uma dimensão muito mais relevante, muito mais atraente, em relação à economia financeira, o que significa dizer que devem aumentar os investimentos e o movimento em torno das empresas produtivas. E renasce com muita intensidade o mercado de capitais. Isso vai ser uma revolução no financiamento das empresas brasileiras", declarou o consultor do Iedi, Júlio Sérgio Gomes de Almeida.
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