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terça-feira, 10 de julho de 2012

GOVERNO E CONSELHO NÃO CHEGAM A ACORDO

Audiência de conciliação entre Sesap e Cremern ocorreu na tarde de ontem na Justiça Federal

O Conselho Regional de Medicina e o governo do Estado não chegaram a um consenso sobre medidas para acelerar a criação de leitos de retaguarda do Hospital Walfredo Gurgel. No último dia 21 de junho, o Cremern impetrou ação junto a Justiça Federal contra o Estado devido ao caos instalado no maior hospital de alta complexidade do Estado. A audiência de conciliação foi realizada na 4ª Vara da Justiça federal, na tarde de ontem. Sem acordo, a juíza Gisele Leite determinou que os hospitais da rede privada informem se há vagas para contratação e ainda que o Município seja notificado na ação, para apresentar solução para baixa e média complexidade. O impasse se deu no prazo para criação de leitos de UTI de modo a  desafogar dois setores considerados "falidos", o Centro de Recuperação de Operados (CRO) e o Centro Cirúrgico de Politrauma. "Sessenta dias para efetivar as medidas emergenciais do Plano de Enfrentamento é um prazo extenso demais para quem precisa de atenção hoje. Muitos podem morrer nesse período", disse o presidente do Cremern, Jeancarlo Fernandes.

O secretário Isaú Gerino disse que não há, devido a inexistência de leitos de UTI, como adotar outra medida a não ser aguardar a criação dos novos leitos anunciados, com o decreto do estado de calamidade na saúde. Pelo plano, serão criados 288 leitos, dos quais 63 de unidade de terapia intensiva. O coordenador geral de urgências e emergências do Estado, Luiz Roberto Fonseca, apresentou o quadro de leitos de unidade de terapia intensiva e assegura que não existe, na rede pública, tampouco na rede privada, disponibilidade de leitos para a locação. O Hospital Walfredo Gurgel dispõe hoje de 264 leitos gerais e 31 de UTI, dos quais quatro destinados a pacientes cardiológicos, que estão desativados por falta de médicos. De acordo com a diretora Fátima Pereira, na tarde de ontem, 18 pacientes de UTI estavam entubados fora da unidade.  Há 30 dias, lembrou a promotora de saúde Kalina Filgueiras, o Ministério Público determinou que a Sesap implantasse dez leitos de UTI no Hospital Santa Catarina, e outros seis, no Hospital Ruy Pereira, além da criação de dez unidades de ventilação mecânica no Hospital Infantil Maria Alice Fernandes, para a liberação de dez leitos de terapia intensiva. O prazo é de 60 dias. Passados 30, nenhuma das medidas foram adotadas.

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