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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

MAIOR HOSPITAL DO RN CONTINUA COM SUPERLOTAÇÃO E FALTA DE MEDICAMENTOS

À véspera do segundo mês de publicação do Decreto nº 22.844, que oficializou o 'Estado de Calamidade Pública' na Saúde pública do Rio Grande do Norte, a situação do maior hospital de urgência e emergência do estado, o Walfredo Gurgel, em Natal, continua caótica. "O que foi prometido ainda não chegou", resumiu a diretora do complexo hospitalar, Maria de Fátima Pinheiro. Na manhã desta segunda-feira (3), os corredores da instituição acumulavam 78 pacientes à espera de cirurgia eletiva de ortopedia, 61 por atendimentos médicos diversos e 25 por uma vaga de leito em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Os problemas, além da falta de insumos e medicamentos, que culminaram com o fechamento de cinco leitos na UTI Cardiológica no sábado passado (1º), vão além dos geridos pela direção do hospital.


Paciente aguarda atendimento no Clóvis Sarinhohá quase dois dias (Foto: Ricardo Araújo/G1)

A Prefeitura de Natal acumula débitos com os hospitais particulares Memorial e Médico Cirúrgico, que realizam cirurgias eletivas de Ortopedia através da assinatura de termos de pactuação. Para o paciente cadastrado no Leito 970 no Corredor da Ortopedia do Pronto-Socorro Clóvis Sarinho, a espera pela solução do imbróglio parece não ter fim. Francisco de Assis Ferreira da Costa sofreu um acidente de moto no sábado passado (1º), em Macau, distante 176 quilômetros de Natal, e ainda não havia sido atendido na manhã desta segunda-feira (3). Ele passou uma noite e um dia deitado sobre papelões no corredor da unidade. "Isso é desumano, uma falta de respeito com o cidadão", resumiu o paciente.


UTI Cardiológica do Clóvis Sarinho está comum paciente internado (Foto: Ricardo Araújo/G1

Reabertura dos leitos de UTI Cardiológica não tem data definida
Das seis unidades de terapia intensiva na área cardiológica cadastradas no Hospital Walfredo Gurgel, somente uma estava em operação na manhã desta segunda-feira (3). Os médicos especialistas decidiram, conforme esclarecimentos da diretora Maria de Fátima Pinheiro, não receber mais pacientes até que os estoques de medicamentos e insumos do setor fossem repostos por um mês. A admissão de novos pacientes está condicionada à ampliação da oferta de insumos e medicamentos dispensados pela Unicat ao Setor de Cardiologia do Walfredo Gurgel. Entretanto, o diretor administrativo do hospital, Josenildo Barbosa, afirmou que faltam recursos para a compra de mais medicamentos. "Estamos aguardando receber R$ 4,6 milhões que foram contemplados no Decreto. Até agora, só chegou R$ 100 mil. O Governo alega que está enfrentando problemas burocráticos",

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