A sessão
extraordinária de ontem da Assembleia Legislativa (AL) não contou com o número
mínimo de deputados e a falta de quórum acabou impossibilitando a votação
do projeto que autoriza a contratação de um empréstimo de R$ 614,5 milhões pelo
Governo junto ao Banco do Brasil e BNDES. Uma manhã movimentada, cheia de
discussões nos bastidores, o que provocou o adiamento da sessão para hoje. A
alegação anterior dos parlamentares, no sentido de que somente liberariam a
tramitação da matéria se o Executivo enviasse o detalhamento do projeto do
empréstimo, foi resolvida. Mas isso não era tudo. A ausência de deputados,
sobretudo governistas, na sessão, foi configurada como um recado para o
Governo, que somente liberou 15% das emendas parlamentares - um outro
imbróglio, cujo recibo está sendo cobrado a preço de ouro na conta da gestão
democrata.
De lista em mãos, eles discutiam detalhes das
emendas, critérios adotados pelo Governo para liberação e teciam críticas nos
corredores e em salas fechadas sobre as priorizações do Executivo com as
demandas de alguns parlamentares - "Tomba [Farias] foi quem mais conseguiu
executar os projetos. E é porque é da oposição", se ressentiam alguns.
Eles questionam o porquê de somente terem sido pagas (até 19 de dezembro) R$
5,02 milhões dos R$ 37,5 milhões previstos no orçamento para as emendas dos
parlamentares. E condicionam a votação do empréstimo à liberação de R$ 17,9
milhões de valores empenhados (quando há a reserva do recurso, mas não o
efetivo pagamento); R$ 2,9 milhões pré-empenhados; e R$ 9,4 milhões liquidados
(dívida reconhecida, porém, não paga) dessas emendas.
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