Os corredores maior hospital do Estado, o Walfredo Gurgel,
refletem a suspensão dos serviços no Hospital Regional Deoclécio Marques, em
Parnamirim. Na manhã de ontem, 63 pacientes aguardavam vagas nos corredores
vagas. Um dos cinco centros cirúrgicos estava "preso", sem poder
realizar novos procedimento, enquanto o paciente da neurocirurgia não fosse
removido. Com o ponto facultativo, até às 9h30 a unidade de Regulação de Vagas
do hospital não havia recebido o quantitativo de vagas disponíveis na rede para
transferência.
O aumento, segundo a diretora-geral Maria de
Fátima Pereira, é consequência da paralisação no Hospital Deoclécio Marques e
também das unidades do interior, que deixam de receber no período de fim de
ano. A falta de vagas se
agrava com o período natalino, considerado o mais crítico em números de
entradas, por acidentes de trânsito, de acordo com a direção. "Como muita
gente bebe e sai visitando amigos e parentes, o número de entradas por traumas
é maior do que no réveillon e já estamos sem vagas", explica.
Na UTI cardiológica a situação também é de crise. A
unidade não está recebendo novos pacientes devido ao desabastecimento de
medicamentos, desde a última sexta-feira. Das dez vagas, seis permanecem
ocupadas. Outras quatros, destinadas a pacientes estáveis, estão
desocupadas. O abastecimento de Clexane (600
âmpolas) e de dopamida -medicamentos usados no tratamento de pacientes
cardíacos - na última sexta-feira, não foi suficiente para retomar a
admissão de pacientes. "O problema não é falta de remédio e sim excesso de
pacientes. Esse estoque daria para a demanda do Walfredo. Mas estamos
absorvendo toda demanda de cardiologia do Estado", disse a diretora. A diretora-geral do HWG Maria de Fátima Pereira afirma
que todas as 31 vagas de UTI e as nove do CRO (Centro de Recuperação de
Operado), também usadas pela terapia intensiva, estão ocupadas.
Pacientes se acomodam em macas e cadeiras
Ontem,véspera do dia do Natal, a
Maternidade Escola Januário Cicco também estava superlotada. As
parturientes que percorrem várias unidades de saúde da cidade e não
encontram um leito para que possam realizar o trabalho de parto terminam
dependendo da MEJC. Sem leitos suficientes, a maternidade coloca as pacientes em cadeiras e macas nos corredores. Essa
era a situação na manhã de ontem, 24. A
maternidade tem capacidade para 92
gestantes.
Contudo, 38 mães, algumas já com seus bebês, se acomodam como podem nos corredores da
maternidade. A situação
de atendimento materno-infantil é complicada devido ao fechamento da
Maternidade Leide Morais, por causa do descredenciamento de parte dos
médicos, provocando um déficit nas escalas de trabalho. Já a Maternidade de Felipe Camarão não está atendendo e a
das Quintas não está fazendo cesária desde segunda-feira (17),
devido a problemas de encanamento.Na lista de mulheres internadas, estão
mulheres que vêm de várias partes do Rio Grande do Norte, como Pau dos
Ferros, Monte Alegre, Bento Fernandes, Pedro Velho, Nova Cruz, Parelhas,
Lagoa Salgada e Riachuelo.
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