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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

MÉDICOS DO PRONTO SOCORRO DO HOSPITAL GISELDA TRIGUEIRO QUEREM LIMITAR ATENDIMENTO NA UNIDADE


A mudança na escala de plantões dos médicos do Pronto Socorro do Hospital Giselda Trigueiro tem trazido transtornos e sobrecarga aos médicos plantonistas que trabalham na unidade. Nos últimos dias, houve uma mudança, ainda em caráter experimental, e ao invés de quatro profissionais trabalhando por plantão, o Pronto Socorro conta apenas com dois médicos plantonistas, o que é insuficiente para atender a demanda de cerca de cem atendimentos por plantão. A partir de janeiro de 2013, a mudança será definitiva.
A médica plantonista Janaína Palmeira, que estava de serviço na manhã desta sexta-feira com a médica Thaísa Maia, conta que os médicos estão insatisfeitos com essa mudança, pois a sobrecarga tem elevado o nível de estresse dos profissionais. “Dois médicos por plantão é insuficiente e não há condição de prestar um bom atendimento aos pacientes. O ideal seria, pelo menos quatro, mas alguns profissionais se aposentaram e o Governo do Estado não repôs esses médicos. Janaína Palmeira disse que na próxima quarta-feira (26), os médicos do PS do Giselda Trigueiro se reunirão com o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed) para analisar a possibilidade jurídica de fechar a porta do Pronto Socorro e tornar o Hospital Giselda Trigueiro em um hospital com atendimento referenciado. Hoje, o Pronto Socorro atende os pacientes no esquema de classificação de risco, em que todo o usuário é atendido.
Walfredo Gurgel sofre com desabastecimento de medicamentos
Se não bastassem os corredores lotados de pacientes à espera de atendimento, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel sofre com a irregularidade no abastecimento de medicamentos. Na tarde desta quinta-feira (20), a médica que estava de plantão na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Cardiológica se recusou a admitir um novo paciente na unidade por falta de medicamentos. Na lista apresentada pela médica nas redes sociais, faltam medicamentos como Atenolol, Captopril, Cloreto de Sódio, Diclofenaco de Sódio, Dimeticona, Dopamina, Enalapril, Paracetamol, dentre outros. O diretor administrativo e financeiro do Hospital Walfredo Gurgel, Josenildo Lira, confirmou que houve uma interrupção momentânea na admissão de novos pacientes, mas que a situação logo foi resolvida. Josenildo conta que a lista contendo mais de 40 medicamentos que estavam faltando já está sendo providenciadas. “Foi uma questão que já foi resolvida. Hoje vamos receber dos fornecedores as cotações desses medicamentos e o próximo passo será adquiri-los”, afirmou.
O presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed), Geraldo Ferreira, criticou a omissão do Governo do Estado em garantir o abastecimento de medicamentos nos Hospitais. “Essa constante falta de medicamentos termina inviabilizando a prestação do serviço. O Governo do Estado não está fazendo sequer o dever de casa que é abastecer as unidades de saúde com medicamentos elementares. Não adianta internar e não dar condições para isso. É lastimável que o Governo do Estado tenha deixado a saúde pública chegar a esse ponto”, afirmou o presidente do Sindicato. Geraldo Ferreira disse que no mês de fevereiro, a Federação Nacional dos Médicos (Fenam) irá denunciar o Governo do Estado na Corte Interamericana de Justiça, na Costa Rica, pelos constantes e inúmeras violações de direitos humanos. “É inconcebível a forma com que o Governo está tratando a saúde pública e a população de Natal e não poderíamos ficar omissos diante dessa omissão toda”, afirmou.

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