A
posse dos atuais 29 vereadores de Natal junto com a eleição da nova Mesa
Diretora da Câmara Municipal (CMN), ontem, retratou muito mais um
distanciamento que uma aproximação do legislativo com a gestão do prefeito
Carlos Eduardo Alves (PDT). Isso porque já se sabe que o nome de Albert Dickson
(PP), o vitorioso no pleito, nem de longe era o preferido da cúpula
governamental. Albert vai compor a presidência do legislativo junto com os
vereadores Júlio Protásio (PSB), Maurício Gurgel (PHS), Chagas Catarino (PP),
Franklin Capistrano (PSB), Ubaldo Fernandes (PMDB), Dickson Júnior (PSDB) e
Adão Eridan (PR). Ele já avisou: "nossa relação com a Prefeitura será de
independência". Fato raro, uma vez que os presidentes dos últimos
legislativos da capital têm mencionado a ligação com a administração municipal
na condição de "parceria". Essa palavra em nenhum momento foi
mencionada pelo novo presidente da CMN.
Albert
somou 21 dos 29 votos dos parlamentares. Hugo Manso (PT), considerado o
candidato de última hora de Carlos Eduardo, contabilizou apenas cinco, enquanto
que a professora Amanda Gurgel (PSTU) obteve três. Os discursos dos vereadores
na defesa dos grupos concorrentes se reproduziam inflamados e a sessão, que
estava prevista para ser concluída por volta das 17h, se prolongou até às 20h.
"Não se apressem. A posse [do prefeito Carlos Eduardo] pode ser à
meia-noite. Ele que espere", ironizou, animado, um parlamentar. A chapa de
Albert Dickson era tão plural que transitaram por ela membros de oposição à
Micarla de Sousa (PV), como Júlia Arruda (PSB); parlamentares que prometem um
mandato autônomo, como Eleika Bezerra (PSDC); e até componentes da chapa adversária
- caso de Aquino Neto (PV), que mudou o voto de última hora.
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