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sexta-feira, 31 de maio de 2013

LITORAL: CENÁRIO INDICA BOAS CHUVAS

A previsão para o litoral leste potiguar, incluindo Natal, no período de junho a agosto é de um regime de chuvas que varia de normal a ligeiramente acima da normal. A análise é resultado da 3ª Reunião de Análise e Previsão Climática para o Setor Leste da Região Nordeste do Brasil, realizada em Aracaju no dia 24 de maio. A avaliação é um alerta para que o Município realize ações preventivas.

Semopi fará limpeza do fundo das lagoas no mês de junho
Semopi fará limpeza do fundo das lagoas no mês de junho

De acordo com o gerente de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), Gilmar Bristot, que participou do encontro, a tendência é de que, no acumulado dos próximos três meses, as chuvas fiquem entre 550 a 600 milímetros nos municípios do litoral leste. “Em junho, julho e parte de agosto, poderemos ter a ocorrência de ventos e de chuvas fortes. É preciso que os governantes fiquem atentos a essa condição”, alertou Bristot. Com base nos dados da Emparn, os números mostram que houve uma intensificação nas chuvas nos últimos dois meses, em Natal. Na comparação com o ano passado, a quantidade de chuva que caiu na capital quase triplicou em abril. Em 2012, foram 60,7 milímetros, enquanto em 2013 chegou à casa dos 177,7 mm no quarto mês do ano.

As chuvas de maio deste ano também foram maiores do que no ano passado. Em 2012, foram 184 milímetros, enquanto que em 2013 o registro foi de 253,1 milímetros. A média histórica das chuvas em Natal entre junho e agosto é de cerca de 620 milímetros (acumulado no período). No ano passado, choveu 600,4 milímetros na capital potiguar. Conforme advertiu o gerente de Meteorologia da Emparn, a definição se as chuvas serão ou não fortes é obtida pela observação do aquecimento das águas no litoral sul do oceano atlântico. A condição atual é de águas mais aquecidas do que o normal na região, variando de 1 a 5 graus, segundo o meteorologista. “Eventos de chuvas fortes costumam acontecer quando há essas condições no oceano”, explica Bristot. Ele acrescenta que as chuvas deverão ocorrer com maior frequência durante a madrugada, podendo causar transtornos durante o início do dia. “Com a impermeabilização do solo, poderemos ter problemas de alagamento,  acarretando no engarrafamento do trânsito”, disse.

Nesse sentido, Bristot sugere ações de limpeza urbana pela cidade, para evitar transtornos, com a intensificação das chuvas previstas para junho. As chuvas na faixa litorânea trazem benefícios para a região do Agreste Potiguar. Gilmar Bristot explica que o sistema que atua no litoral avança de 80 a 100 km adentro do continente, o que deverá acarretar em chuvas de 300 a 400 milímetros na região. “É uma condição favorável para a produção agrícola, beneficiando culturas como o feijão, o sorgo e o trigo”, disse. Memória Entre os anos de 2008 e 2009, Natal enfrentou vários problemas com as chuvas de  até 1.412,2 mm que caíram no período de junho a agosto. O natalense teve que lidar com ruas e avenidas alagadas. Postes e árvores sucumbiram à ação das águas. Automóveis ficaram submersos na Avenida Mor Gouveia e várias ruas de Petrópolis, Lagoa Nova e Neópólis ficaram intransitáveis.

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