A adolescente de 16 anos apreendida sob suspeita de envolvimento na morte do agente penitenciário Maxwell André Marcelino, de 44 anos, vai ficar internada no Ciad Padre João Maria, na zona Norte. Ela foi ouvida ontem pelo Ministério Público, que requereu sua internação.
Adriano Abreu
A menor está sob medida de internação no Ciad Padre João Maria
A jovem mudou a versão dada à polícia sobre o assassinato. Alegou que foi convidada a participar da ação de resgate do presidiário Wilson Rodrigues de Medeiros Filho , o “Folha”, pela namorada dele. Segundo o delegado Pedro Paulo Falcão, que iniciou as investigações, quando foi ouvida, a adolescente também confessou que o bando que atuou em sua companhia também foi contatado pela companheira do apenado. Inicialmente, a garota havia afirmado que ela era a namorada do preso e que teria planejado o resgate. A suspeita detalhou como aconteceu o ataque à viatura do sistema prisional e o que aconteceu depois disso. “Ela disse que trancou o carro dos agentes a aproximadamente 500 metros da clínica para a qual eles haviam conduzido o detento, em Parnamirim”, contou o delegado.
Ainda segundo o relato dado à polícia, ela seguia com três homens no veículo Pálio utilizado na ação, carregando uma pistola 380. “Havia um motorista, que estava desarmado, e mais dois suspeitos, um com uma pistola 380 e o outro com uma ponto 40”, detalhou Pedro Paulo Falcão.
Depois da troca de tiros com os agentes, os quatro teriam se deslocado até uma granja, ainda em Parnamirim. “Neste local, já ferida, a adolescente afirmou que recebeu o auxílio de outras duas mulheres, em um outro veículo. As três seguiram para o hospital de Canguaretama e as comparsas a teriam orientado a dizer que foi vítima de um assalto em Parnamirim, e por isso estava ferida de bala”, revelou o bacharel.
Foi em Canguaretama que a jovem foi surpreendida pela polícia. Ela foi apreendida e conduzida à DP de Plantão Zona Sul, onde prestou os esclarecimentos. Apesar de iniciar os trabalhos, o delegado Pedro Paulo contou que não vai prosseguir com as investigações. Quando os crimes acontecem nos horários em que as delegacias distritais estão fechadas, são registrados pela DP de Plantão, que coleta os primeiros dados e depois entrega o processo para a jurisdição que responde pela localidade onde ocorreu o delito. Ontem o inquérito seguiu para a 1ª Delegacia de Polícia de Parnamirim e as apurações ficam à cargo do delegado Ronaldo Gomes.
À noite, uma operação das polícias MiIitar e Civil prendeu dois suspeitos de participar da tentativa de resgate. Entre os detidos está a mulher do presidiário. Ela confessou ter sido a mentora do resgate. O outro suspeito capturado é um dos ocupantes do Pálio branco. Dois homens suspeitos permanecem foragidos.
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