Transplante de órgãos deve ser autorizado pela família. Foto:Divulgação
A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Central de Transplantes do Estado (CTE), fez ontem (30), no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, a sexta captação de órgãos sólidos deste mês de janeiro. O procedimento foi realizado em um doador jovem de 22 anos, que teve morte encefálica após traumatismo crânioencefálico, tendo a família autorizado a retirada do coração, fígado e rins.
Os órgãos seguiram para outros estados devido à falta de compatibilidade com pacientes locais. O destino do fígado foi o estado da Bahia, o coração foi encaminhado para o processamento de válvulas cardíacas no Paraná, o rim direito foi para Pernambuco e o rim esquerdo para o Rio Grande do Sul. Segundo informações da Central Nacional de Transplantes (CNT), os três órgãos foram transplantados ainda ontem e os pacientes receptadores estão em fase de recuperação dentro da normalidade.
O processo de doação tem início com o trabalho da Organização de Procura de Órgãos (OPO), que faz parte da Central de Transplantes, junto aos hospitais, fazendo a busca ativa de pacientes que estejam em estado grave em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Ao encontrar os possíveis doadores, a equipe faz o acompanhamento do paciente até que se encerre o protocolo de morte encefálica. Em seguida, a OPO procura a família para entrevista para, finalmente, obter a autorização da doação dos órgãos. A partir daí começa o trabalho da Central de Transplantes, que procede com a retirada dos órgãos e o posterior encaminhamento. É importante lembrar que o procedimento só se concretiza se houver um consenso familiar em favor da doação.
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