Saúde Pública do Rio Grande do Norte enfrenta dificuldades. Na manhã desta segunda-feira (11) as ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu Natal e RN) estavam paradas esperando as macas presas nos hospitais. Na capital, cinco ambulâncias estavam retidas no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, três de Parnamirim, uma de São Gonçalo do Amarante e uma do município de Macaíba.Os pacientes que chegam aos hospitais de referência, como o Walfredo Gurgel, estão recebendo apenas o primeiro atendimento, de responsabilidade do Estado. O segundo, de competência do município através das Cooperativas, está comprometido. Com isso, os pacientes lotam corredores e enfermarias das unidades e deixam as macas presas.
Socorristas do Samu aguardavam liberação de macas para retirarem os veículos do hospital Walfredo Gurgel/ Fotos: Roberto Lucena/Celular
A situação é resultado da paralisação dos serviços prestados pela Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed) de cirurgias eletivas e ortopédicas, que foram suspensas por falta de repasse da Prefeitura do Natal e do Governo do Estado. Em maio deste ano a município e Estado firmaram um Termo de Cooperação para complementação dos valores pagos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) à Coopmed. De acordo com a Sesap essa parceria seria para incentivar o trabalho dos cooperados. O levantamento é de R$ 4,5 milhões, distribuídos por mês, para incrementar o valor repassado às Cooperativas, já que, de acordo com a Sesap, o valor que o Governo Federal envia não é suficiente para manter o sistema. Porém, devido aos problemas financeiros que o Estado tem passado, o repasse do valor foi prejudicado e a dívida já somava R$ 9 milhões.
Para amenizar o problema, na semana passada a secretaria de Planejamento repassou à Sesap um total de R$ 7 milhões para pagamento da cooperativa. Esse valor já está na conta da Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS), destacou a pasta.
Com o repasse a Sesap cumpre parcialmente o pagamento da dívida total, restando ainda R$ 2 milhões referentes à parte do mês de julho. Porém, como ainda falta esse valor e, de acordo com a Coopmed, o dinheiro ainda não chegou até as Cooperativas, não há previsão de retorno dos serviços. “Não há previsão de volta. A paralisação vai ser mantida. O município não fez encaminhamento de proposta”, declarou o diretor da Coopemed, Fernando Pinto. Para debater a situação, a Coopmed realiza ainda nesta segunda-feira (11) uma assembleia, às 20h, na sede da Associação Médica. Enquanto a situação não é normalizada a Sesap, por meio de nota, esclareceu que “todas as demais UTIs móveis estão em pleno funcionamento e que as ambulâncias de Suporte Básico dos municípios vizinhos, assim como o Corpo de Bombeiros, poderão ser acionados em caso de reforço no atendimento de toda a Região Metropolitana”.
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