TAPETÃO
Os candidatos chegam aos últimos dias de campanha com ações na Justiça. O que para uns era tapetão, de repente virou Justiça. Ou seja: quando é conveniente, uma ação do adversário na Justiça vira busca pelo tapetão; em outros casos, quando a ação é do próprio candidato, vira ‘ação na Justiça’.
JUSTIÇA
Na verdade, a Justiça é o local ideal para dirimir querelas entre candidatos. Desde que sejam ações consistentes, todos devem procurar a Justiça, que dará a palavra final sobre o conteúdo das ações.
MUDANÇA
Alguns viram na ação de Henrique contra Robinson, uma forte sinalização de descrença na vitória em primeiro turno. Afinal, o que preocuparia um candidato favorito a vencer sem segunda votação, uns perfis falsos falando a respeito de sua vida pública? Sem defesa do anonimato ou da falsidade ideológica, qual o peso real que isso teve na campanha dos candidatos?
SEMELHANÇA
A Justiça também recebeu uma ação da campanha de Robinson Faria contra Henrique Alves sobre abuso dos meios de comunicação. O uso de jornais para fazer a campanha do PMDB e bater no adversário, foi o tema utilizado pelo jurídico para justificar a ação. A diferença é que em uma ação, o veículo é a internet e os acusados são blogueiros; na outra, são veículos impressos do próprio candidato e do sogro.
MÁQUINA
Outra ação que tramita na Justiça, também movida pela campanha de Robinson Faria contra Henrique Alves, retrata uma reunião de cargos comissionados da Prefeitura de Natal para pedir ‘engajamento’ na campanha eleitoral. O encontro reuniu não só o primeiro escalão, mas também outros cargos comissionados da estrutura administrativa municipal.
REUNIÃO
O encontro foi comandado pela esposa do prefeito Carlos Eduardo, que pediu aos auxiliares do prefeito, que multiplicassem os pedidos de votos para os candidatos apoiados pelo filho de Agnelo. A reunião foi gravada e o material está em poder da Justiça.
INVERSÃO
Do antenado juiz Raimundo Carlyle: “A inversão dos valores permite a quem não tem nenhum invocar algum”. Genial.
POVO
A campanha eleitoral chega ao fim sem ter a matéria-prima que oxigena a democracia: Povo. Nas mobilizações dos candidatos, especialmente em Natal, todos notaram a ausência do ‘povo’, gente que realmente participava de caminhadas, comícios e passeatas sem remuneração. O que vimos foi a utilização de claques pagas para tentar substituir o verdadeiro e insubstituível ‘povo’.
ERROS
Um experiente analista das campanhas políticas, citou alguns erros da campanha de Wilma de Faria ao Senado: “Ela usou o slogan “Wilma trabalha, trabalha”, que lembrava o nome dela como governadora; o uso do filho no horário eleitoral; usou Lula no início da campanha e depois passou a falar mal do PT; não explorou que o RN é o Estado com menos IF, tema bastante abordado por Fátima”. Segundo o analista, esses erros prejudicaram o desempenho da guerreira.
INTOLERÂNCIA
Curiosa situação. Parcela de nossa sociedade que mais critica a intolerância e cobra liberdade de expressão, quando discorda de algo torna-se mais intolerante do que os que criticava; e, pasmem, vira censora, adepta do totalitarismo e cria uma ética particular que atenda suas conveniências.
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