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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

REAJUSTES TERÃO “EFEITO DOMINÓ” PARA O CONSUMIDOR

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A soma da mais alta inflação registrada para o mês de janeiro desde 2003, a cobrança do consumo de energia elétrica através de um novo sistema de medição e o recente aumento da gasolina e óleo diesel pesou no bolso do brasileiro. A tendência é de que mais aumentos estejam a caminho e, para fevereiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) tenha alta de 1,05%, segundo o Banco Central. Como num efeito dominó, todos os setores do consumo deverão sofrer reajustes. No Rio Grande do Norte, a inflação e a revisão do valor dos combustíveis poderão encarecer o preço dos alimentos em até 5%.  

Suzane Borba: Novos hábitos para equilibrar o orçamento
Suzane Borba: Novos hábitos para equilibrar o orçamento/alex regis

A carestia, porém, não para por aí. A estiagem nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, principais fornecedores de frutas, verduras, legumes e hortaliças para o Nordeste, também refletirá no preço dos produtos cobrados nas prateleiras dos supermercados.  Como o custo da produção aumentou, consequência da falta d’água nos reservatórios, aliado ao fato de 60% do transporte de cargas no Brasil ser realizado através da malha rodoviária, segundo o Ministério dos Transportes, o plantio e a distribuição dos itens encareceu.  O consumidor final sentirá ainda mais o impacto nas compras a partir do mês de março, quando os empresários finalizarem a tabulação dos custos adicionais e reajustarem os preços nas etiquetas.

De acordo com o economista e delegado da Associação Brasileira de Supermercados (Asbra) no Rio Grande do Norte, Eugênio Medeiros, os recentes aumentos de impostos e combustíveis terão uma influência muito direta nos produtos comercializados pelas redes de supermercados.
“Certamente, vai impactar na ponta, no preço dos produtos cobrados aos consumidores”, analisou. Ele relembrou que há, ainda, a questão da energia elétrica que também sofreu uma modificação na cobrança a partir da instituição das bandeiras tarifárias pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com menos energia sendo gerada pelas hidrelétricas, a conta está mais cara em decorrência do acionamento das termelétricas. Em vigor está a bandeira vermelha, que representa uma cobrança adicional de R$ 3,00 a cada 100kWh consumidos.


Hábitos
Com a gasolina mais cara e com o preço dos itens que compõem a cesta básica variando de valor para cima, desde o início do ano, a solução é mudar hábitos. Foi isto que a servidora pública Suzane Borba adotou para fugir do endividamento. Com despesas maiores e o salário encolhido diante do cenário instalado na economia brasileira, ela passou a cortar custos extras com alimentação. Com o combustível, porém, o dispêndio de recursos só aumenta. “O preço atual do litro da gasolina impactou bastante no meu orçamento.

O que rendia duas semanas, caiu para uma hoje. Antes eu gastava R$ 150 por mês e já gastei quase a mesma quantia abastecendo o carro nestes primeiros dias de fevereiro”, comentou. Para minimizar os gastos, deixou de almoçar em restaurantes e cozinhar em casa. O professor de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Zivanilson Silva, explicou que o processo de aumento de impostos e valores de produtos e serviços é encadeado. “Estamos numa espiral inflacionária. O Governo começou a aumentar a gasolina, o diesel, os impostos e taxa de juros e tudo isso acabou por onerar os custos. O salário está achatado e a expectativa é que a inflação elevada volte”, avaliou o economista. Ele frisou, ainda, que o momento atual é de muita cautela para a Economia e é preciso planejar para que a situação não piore ainda mais.

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