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sábado, 8 de agosto de 2015

POLICIAL MATA TRAFICANTE MAIS PROCURADO DO BRASIL

Traficante "Playboy" é morto pela políciaPlayboy, o bandido mais procurado do Brasil, foi morto neste sábado(VEJA.com/Divulgação)

O traficante Celso Pinheiro Pimenta, o Playboy,32 anos, foi morto nesta tarde durante um confronto com policiais da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil e da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da Polícia Federal, numa ação conjunta no Morro da Pedreira, em Costa Barros, Zona Norte do Rio de Janeiro. Filho de família típica de classe média carioca -- daí ter ascendido na bandidagem como Playboy -- o criminoso era o homem mais procurado do Brasil.

Segundo apuração de Veja.com, ele vinha sendo monitorado pela PF ao longo de meses. A ação que resultou em sua morte foi engendrada nos últimos dias. Os investigadores tinham a informação de que Playboy iria a uma certa casa, onde tomaria parte de uma sessão espírita. Na operação que resultou em sua captura, foram usados dois helicópteros e três carros blindados. Houve um intenso confronto entre os bandidos que faziam o cerco de segurança a Playboy e a polícia. Os marginais tentaram resistir, mas se viram em desvantagem e acabaram fugindo. Dentro da casa, Playboy foi alvejado próximo à cozinha. No imóvel, foram encontrados uma pistola e um fuzil. Ainda com vida, foi conduzido ao Hospital Geral de Bonsucesso, mas morreu no caminho. Playboy ganhou destaque nas páginas policiais depois que sua quadrilha transformou a região da Pavuna no lugar do mundo onde mais se registram roubos de carga.

AFRONTAS EM SÉRIE - Motocicletas roubadas por seu bando e devolvidas ao departamento de trânsito do Rio (à esquerda), nado sincronizado com fuzis em piscina pública e faixa na favela com nova regra: episódios que desafiaram a polícia e deram projeção nacional a Playboy

Na virada do ano, outro episódio também o colocou no foco da polícia. Cerca de duzentas motos foram surrupiadas de um depósito do departamento de trânsito da cidade e ele foi responsabilizado pelo ataque. No início do ano, Playboy deu uma longa entrevista a VEJA e contou detalhes sobre sua vida criminosa, em duas sessões de mais de sete horas. Na ocasião, ficou claro que seu poder se fincava sobre a corrupção policial. Viaturas e blindados da PM percorriam as vielas da favelas atrás de propina mensal estimada em 100 000 reais. Era o que fazia a polícia cerrar os olhos aos desmandos e variados crimes de Playboy. No ano passado, ele chegou a ser capturado e passou horas algemado. Sua liberdade custou exatos 648 000 reais, repartidos entre os policiais envolvidos.Ainda entregou dois fuzis AK-47 e correntes que seus homens iam arrancando do pescoço. Tudo era pesado numa balança. Deu 4,5 quilos de ouro. Filho de um jornaleiro e de uma dona de casa, criado no bairro de Laranjeiras, Zona Sul carioca, ele foi galgando postos na hierarquia do crime.

ELE JÁ FOI ASSIM - A ficha de matrícula em colégio particular do Rio: na infância, o menino tímido tirava boas notas
ELE JÁ FOI ASSIM - A ficha de matrícula em colégio particular do Rio: na infância, o menino tímido tirava boas notas(Leslie Leitão/VEJA)

Começou roubando carros, depois apartamentos, até virar um dos grandes e mais temidos traficantes da cidade. Foi no Complexo da Pedreira, em Costa Barros, que tornou-se poderoso, controlando uma quadrilha com poderia bélico de mais de cem fuzis e invadindo outras favelas para estender o domínio de sua facção criminosa, a Amigos dos Amigos (ADA). A morte de Playboy significa um duro golpe na quadrilha e, talvez, um pouco de paz para moradores do Complexo da Maré. A região vive em guerra há mais de três décadas e é considerada o QG da ADA.

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